ESTADO. Magistério aprova greve geral por tempo indeterminado. Piso é apenas uma das reivindicações
Por DÉBORA FOGLIATTO (com foto do Feicebuqui), no jornal eletrônico SUL21
Os professores estaduais do Rio Grande do Sul decidiram, nesta sexta-feira (13), iniciar greve por período indeterminado, durante assembleia geral da categoria realizada no Gigantinho. O encontro durou cerca de duas horas e transformou-se em grande comemoração em conjunto com estudantes que realizavam sua própria assembleia no pátio, os quais seguiram com os professores em marcha pela avenida Padre Cacique em direção ao Palácio Piratini. Chegando lá, os professores inicialmente não foram recebidos pelo governo e, exigindo uma reunião, ocuparam a sede do Poder Executivo por cerca de 15 minutos. Em seguida, o governo marcou um encontro para a próxima terça-feira (17).
O clima era de defesa da greve desde o início da assembleia. A presidente do Centro de Professores do Rio Grande do Sul (Cpers), Helenir Aguiar Schürer, defendeu que a categoria tinha “todos os motivos para cruzar os braços”. “Estamos construindo junto com nossos estudantes e comunidade escolar uma aliança em defesa da escola pública, que vai derrotar a política neoliberal do governador Sartori. Sabemos que esse discurso de crise é para poder vender o que resta no Estado, pra precarizar o IPE, entregar escolas para organizações sociais. Mas não passarão”, afirmou ela em sua fala de abertura.
A pauta da mobilização foi aprovada em votação conjunta. Dentre as principais reivindicações, está o reajuste salarial em 2016; a mudança na lei de diretrizes orçamentárias para incluir reajuste para os servidores; o repasse das verbas atrasadas para as escolas por parte do governo estadual; a manutenção dos planos de carreira; a manutenção do plano de saúde IPE sem novas taxas; a não-aprovação do projeto de lei 44/16, que propõe que uma parte do ensino público seja administrada por organizações sociais; além do apoio às ocupações e mobilizações dos estudantes. A ideia do sindicato é tentar se reunir com o governo para entregar as pautas.
Quase todas as pessoas que falaram, representando correntes, direção e base do Cpers, defenderam a greve. Alguns fizeram uma relação com o momento da política nacional, em que Michel Temer assumiu interinamente a presidência, enquanto a presidenta eleita Dilma Rousseff foi afastada. “O golpe não foi só contra Dilma, mas é principalmente dos banqueiros, das indústrias contra trabalhadores. Eles querem acabar com CLT, com a previdência”, apontou Neiva Lazzarotto, vice-diretora da escola Coronel Afonso Emílio Massot, a primeira que foi ocupada por estudantes no Estado.
Ela mencionou que, assim como Temer, o governador José Ivo Sartori é do PMDB e, portanto, suas medidas são semelhantes. “Temos a tarefa de fazer uma greve, talvez a mais difícil da última década, mas necessária. Porque não é possível continuar desse jeito, não é justo nossos colegas terem que assumir três turmas ao mesmo tempo, como é no meu colégio, o Emílio Massot. Eles querem tirar o pingo de dignidade que nós temos e nós não podemos deixar”, defendeu Neiva…”
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