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PROTESTO. Confronto entre manifestantes (a maioria jovens) e a Brigada Militar, nas ruas de Porto Alegre

Pelo menos 30 bombas de gás foram arremessadas pelos PMs, quando tropa de choque da BM, agiu para dispersar manifestantes na capital
Pelo menos 30 bombas de gás foram arremessadas pelos PMs, quando tropa de choque da BM, agiu para dispersar manifestantes na capital

Por LUCAS RIVAS (Rádio Guaíba) e JÉSSICA MELLO (Correio do Povo), com foto de FABIANO AMARAL (CP), no site da Guaíba

Passadas mais de três horas de manifestação e caminhada, terminou em confronto, no bairro Cidade Baixa, o segundo protesto consecutivo contra o governo interino de Michel Temer (PMDB), em Porto Alegre. Manifestantes contrários ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) voltaram a bloquear o trânsito, pela avenida Loureiro da Silva, quando uma tropa de choque da Brigada Militar (BM), apoiada pela cavalaria, agiu para dispersar os ativistas junto à rua José do Patrocínio. O comandante-geral da BM, coronel Alfeu Freitas, acompanhou, no local, a ação dos militares.

Pelo menos 30 bombas de gás foram arremessadas pelos PMs contra os manifestantes, que devolveram com pedradas em direção à corporação. A ofensiva ocorreu depois das 21h, quando parte dos jovens resolveu bloquear a via sem chegar a um acordo de negociação com os agentes de trânsito. O uso de bombas de efeito moral está previsto em um protocolo de atuação, em vigor desde o início do ano, que prevê o uso da força em caso de bloqueios voluntários de trânsito não acordados previamente ou quando não há acordo após o diálogo com os líderes. O gás, porém, também atingiu passageiros de um ônibus, parado na via em função do protesto, e pedestres que tiveram de buscar refúgio em um bar.

Pelo menos três jovens foram presas  e dois PMs ficaram feridos, informou o comandante de Policiamento da Capital, coronel Mário Ikeda. Pessoas que testemunharam as prisões vaiaram e protestaram da calçada: “Deve ser difícil levar a vida com salário atrasado e tendo que prender trabalhador”, gritou uma das manifestantes. Após mais de 20 minutos de confronto, o trânsito na região começou a se normalizar.

Protesto reuniu milhares

Milhares de manifestantes contrários à posse de Temer no lugar de Dilma participaram, hoje, da manifestação, desde o fim da tarde. Perto das 18h30min, integrantes de movimentos sociais e de partidos de esquerda começaram a se concentrar na Esquina Democrática, levando faixas, bandeiras e cartazes. O grupo iniciou caminhada pela Salgado Filho, em direção à João Pessoa, e parou em frente ao Diretório Municipal do PMDB, que teve paredes e a porta de ferro pichados pelos manifestantes. O ato seguiu em direção à Ipiranga, onde realizou protesto em frente à sede da RBS, no cruzamento com a Erico Verissimo.

Parte do grupo jogou pedras no prédio da emissora, mas foi repreendida pelos demais e retomou a caminhada. O movimento foi liderado pela juventude e teve a participação de políticos do PT, como a deputada federal Maria do Rosário e o ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont. No começo do percurso, os gritos de “fora Temer”, “não vai ter golpe, vai ter luta”, também se misturaram aos protestos pela ausência de representação feminina no ministério do presidente interino. Apesar do trânsito parado, motoristas buzinaram e acenaram em apoio, assim como pessoas dentro dos ônibus. Na João Pessoa, um homem bateu panela contra o movimento e recebeu a resposta com vaias e cantos de “para de palhaçada, bate panela e quem cozinha é a empregada”.

PMs fizeram o acompanhamento do protesto, a cavalo, do lado oposto da via. A caminhada chegou ao bairro Cidade Baixa, perto das 21h, onde se registrou o confronto.

No começo da noite de ontem, uma manifestação semelhante já havia terminado em confronto com a Brigada Militar. O grupo de aproximadamente 500 pessoas foi dispersado com bombas, no mesmo ponto de hoje, após bloquear a passagem de uma viatura da Susepe. Após a dispersão, pelo menos outras quatro bombas foram arremessadas contra o grupo, pelas ruas da Cidade Baixa.

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