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FORÇA-TAREFA. Autoridades estaduais e especialistas debatem como enfrentar o ‘Oxi’

Decisões do encontro: força-tarefa e campanha de conscientização da sociedade

Uma nova droga, muito mais potente na destruição das mentes humanas. E que, talvez seja o pior, não será a última a desafiar as autoridades e a sociedade. Agora, é o Oxi. E depois?

De todo modo, uma reunião acontecida hoje, na capital, tratou do assunto. E, mais que isso, discutiu possibilidades de enfrentamento. E uma força-tarefa foi criada, como mostra material produzido pela assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça. O texto é de Jaqueline Silveira, com foto de Gabriel Gabardo. Confira:

Força-tarefa no combate ao oxi           

A primeira reunião para discutir ações de enfrentamento ao oxi, droga mais letal que o crack, na manhã desta sexta-feira (03), teve dois efeitos práticos: a formação de uma força-tarefa e o lançamento de uma campanha de divulgação sobre os danos causados pelo entorpecente. Além disso, integrantes de órgãos públicos e de entidades defenderam a criação de mais políticas públicas de combate, repressão e prevenção às drogas por parte do Estado e mudanças na legislação.

Sob o olhar de uma plateia atenta e preocupada com a chegada do oxi ao Rio Grande – a Polícia Civil fez a primeira apreensão da droga no mês de abril – o secretário da Justiça e dos Direitos Humanos, Fabiano Pereira, abriu a reunião, afirmando que era preciso “ter uma estratégia para barrar ou retardar” o avanço do oxi no Estado. “Essa é uma pedra altamente destruidora”, acrescentou.

Em seguida, o professor da Ulbra de Canoas e integrante da Cruz Vermelha do Estado, o psiquiatra Manoel Garcia, fez um breve histórico da evolução das drogas, desde a cocaína até chegar ao oxi, e os danos à saúde da nova droga. “A droga caminha na onda do progresso. O oxi é terrível, mas algo deverá vir depois do oxi”, alertou o professor.

Sobre a composição do oxi, Garcia disse que à base da cocaína misturam-se gasolina ou querosene e cal virgem. Já quanto aos danos ao organismo, segundo o psiquiatra, a droga causa isquemias cardíacas e cerebrais, alterações na boca e problemas respiratórios e no estômago.

Depois da exposição do professor, inúmeras autoridades e representantes de comunidades terapêuticas se revezaram ao microfone para apresentar alternativas para frear o avanço do oxi. Representante do Ministério Público, Davi Medina da Silva defendeu políticas públicas mais sérias de inclusão social para evitar que crianças e adolescentes optem pelo caminho das drogas. Além disso, ele defendeu mudanças na legislação para combater o narcotráfico. “Temos visto nos últimos anos posturas muito complacentes”, completou Silva, referindo-se às leis sobre o narcotráfico.

O coordenador do combate ao narcotráfico da Polícia Federal no Estado, delegado Roger Soares Cardoso, também compartilha da mesma opinião do representante do Ministério Público quanto à legislação. Ele ainda pregou uma união de forças da sociedade para trabalhar no combate às drogas. Representante da Secretaria de Segurança Pública, Jerônimo José Pereira, também acredita que “organizar o conjunto da sociedade” poderá ser a alternativa no controle eficiente no tráfico de drogas.


Além disso, foram citadas como alternativas para frear o avanço do oxi a multiplicação dos grupos de autoajuda e a descentralização das políticas públicas, além do apoio às comunidades terapêuticas.

Por sugestão do secretário Fabiano foram encaminhadas como primeiras medidas da reunião a formação de uma força-tarefa entre os órgãos públicos para atuar no combate ao oxi e a realização de uma campanha de conscientização sobre os danos dessa drogas. As ações serão trabalhadas em conjunto com o Departamento Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas e com o Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas.

Participaram da reunião, entre outros, representantes do Tribunal de Justiça do Estado, da Universidade Federal de Rio Grande, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, da Ajuris, de comunidades terapêuticas, do Instituo Geral de Polícia, de ONGs, da segurança pública, da saúde e dos conselhos municipais sobre drogas de diversas cidades do Estado.”

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