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Coluna Observatório: “Tchau, Mestre!”

Um jantar para poucos – não mais que 20 e, a rigor, só um político militante, Fernando Menezes, que lá estava só na condição de amigo pessoal – marcou a despedida do ex-secretário municipal de Administração (e, antes, de Finanças), Mauro Muller.

O regabofe foi organizado por amigos do “dureza, mestre”, em função da saída deste do Executivo para assumir como técnico da Receita Federal em Uruguaiana. Segundo um participante do festerê, houve vários momentos emocionantes no jantar ocorrido no Restaurante Vera Cruz da avenida Medianeira. Mas um, especialmente, chamou a atenção. O relato é fiel ao que presenciou (e participou) alguém, que prefere se manter anônimo, e com o qual Observatório conversou:

“Mauro, ao se manifestar, não apenas agradeceu aos amigos que fez na prefeitura. Falou que aprendeu muito de política, mas, recitando Fernando Pessoa, Rubem Alves, Pink Floyd e Michel Foucalt, o “mestre”, extremamente mais magro (20, 30 kg, não sei dizer, depois de uma rígida dieta) fez um desabafo.

Existe um pensador alemão, se não me engano, Von Clausewitz, que disse que ‘a guerra é a continuidade da política por outros meios.’ Pois Müller trouxe Foucalt: ‘A política é a continuação da guerra por outros meios.’ Se confessou profundamente decepcionado com a forma de fazer política. Segundo ele, atualmente não existe outra forma a não ser explorando a fraqueza alheia, destruindo aquele que às vezes não é o ‘oponente político’, mas o próprio companheiro do partido (em função da busca de espaço). Disse, metaforicamente, que neste momento estava se afastando da política partidária, não se sabe se temporária ou definitivamente. Ele aconselhou: ‘jamais deixem de fazer coisas da sua vida, de estar com a família, pelo trabalho político. Não vale a pena deixar de conviver com quem tanto amamos.’

Acrescentou, ainda num tom feliz, mas também melancólico: ‘Hoje estou muito melhor. Tirei um peso dos meus ombros. Estou feliz de saúde, na relação familiar e, principalmente por ter um futuro profissional a vislumbrar.’ Disse que se sente mais ou menos como numa música do Pink Floyd que fala em ‘estar voltando à vida’ (Coming back to life).”


Convenhamos: feliz com os amigos, mas muito magoado, é o que se pode concluir. Ah, a dedução é de inteira responsabilidade do colunista.

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