ELEIÇÕES. Para a montagem do quebra-cabeça das candidaturas, só restam duas dúvidas ainda relevantes
Desde o início das articulações visando a formação de alianças eleitorais, sempre pairaram duas questões.
Uma delas seria o tamanho da coligação que poderia ser formada em torno de Jorge Pozzobom, claramente oposicionista ao governo municipal, e cujos aliados potenciais fazem justamente parte desse núcleo de poder.
Outra é quem ou que grupo cerraria fileiras para defender o projeto do governo que, afinal de contas, tem oito anos de mandato e realizações a ser mostradas. Inclusive, se for o caso, para ser criticadas.
Chega-se, agora, à antevéspera dos prazos definitivos e, por uma peculiaridade deste 2016, as decisões são antecipadas. Já há acordos conhecidos e os últimos devem se tornar públicos muito rapidamente. Talvez ainda nessa primeira quinzena de junho.
Dito isto, vamos ao que há neste momento.
Já se sabe que o governismo será representado, aparentemente por falta de opções internas, por um partido acessório ao Palacete da SUCV, mas com uma estrela (sem trocadilho) de primeira grandeza. No caso, o PSB e seu líder local, o ex-petista Fabiano Pereira. Também já se sabe, apesar dos murmúrios aqui e ali, que o PMDB de Cezar Schirmer, consta que por inspiração do próprio, e articulações que envolvem inclusive o Palácio Piratini, está dando o devido respaldo. Assim, por sua importância e, sobretudo, com sua militância, o peemedebismo, deve entrar de cabeça na aliança.
Também já é conhecido que José Farret, que faria parte do acordo governista, não conseguiu, diferente do que ocorreu nos últimos quase 50 anos, convencer seus companheiros do PP a embarcar nessa nau. Tanto que se afastou, inclusive formalmente.
Da mesma forma, é conhecido o fato de o PSDB estar tentando alargar sua aliança. Já conquistou o PR e tem boas chances de obter o apoio do pepismo, este já sem Farret, e talvez do DEM, embora a relutância localizada e com uma decisão a ser tomada mais adiante.
Então, diante disso, que é muito mas não é tudo, o que ainda não se sabe? Na avaliação deste editor, há duas dúvidas de fato relevantes a ser determinadas – na medida em que já se sabe que, no primeiro turno, o PT, o outro forte oposicionista, irá sozinho ou com no máximo o apoio do PC do B, e o PDT também irá correr em faixa própria, num hibridismo interessante (é, ao mesmo tempo, governo – pois faz parte da gestão – e oposição, por seu discurso mais recente).]
A primeira dúvida talvez se resolva nesta semana. Na passada, com a ausência do líder maior, Cezar Schirmer, o PMDB soube que Tubias Calil, que seria favorito a ser o segundo de Fabiano Pereira, se assim desejasse, largou. Não concorre a nada e está fora, talvez, até mesmo da campanha.
O mais provável, diante disso, é que se confirme Magali da Rocha, ex-secretária de Habitação, como vice na chapa governista de Fabiano. Aqui e ali ouvem-se cochichos contra a possibilidade, mas ninguém apresenta alternativas. Tanto que a própria Magali, segundo relato do jornal A Razão, se colocou como a virtual candidata.
Ainda assim, persiste uma réstia de dúvida. Que, pelo significado da representação governista, assume a relevância equivalente. Será, mesmo, Magali? É muito provável, quase certo, que sim. A menos…
E aí surge a segunda dúvida. Que, acredita-se, seja mesmo resolvida ainda nos próximos dias, quem sabe na quinta-feira. É a data marcada para reunião do diretório do PP. Que vai bater o martelo em torno de duas possibilidades. E apenas duas, ao que consta: vai sozinho para a disputa, quem sabe ainda tentanto trazer o PMDB para o seu lado, ou, o que é o praticamente certo, firmará posição favorável à aliança com o PSDB de Jorge Pozzobom. A hipótese de apoio a Werner Rempel, do PPL, ainda que encontre um ou outro defensor, é virtualmente impossível.
Essas são as dúvidas que, de fato, contam: quem será o vice de Fabiano (Magali ou um nome do PP, que o governismo ainda não desistiu de cooptar) e a posição do Pepismo, hoje praticamente alinhado ao tucanato e a Jorge Pozzobom.
Mas, como é de política que se está escrevendo, o mais prudente é mesmo esperar pelos próximos dias. Sim, eles serão decisivos.
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