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HISTÓRIA. Comissão da Memória e da Verdade da UFSM avalia os trabalhos, um ano após ser instalada

ufsm verdadeDa Coordenadoria de Comunicação Social da UFSM

A Comissão Paulo Devanier Lauda de Memória e Verdade, da UFSM, instalada em 15 de junho de 2015 com o objetivo de investigar possíveis casos de violação dos direitos humanos na UFSM durante a ditadura civil-militar, neste momento, perto de completar um ano de funcionamento, informa à comunidade universitária da UFSM o que se produziu até agora e algumas de suas atividades futuras.

Durante o primeiro ano (segundo semestre de 2015), o trabalho da comissão, após reivindicação de espaço e estrutura para funcionamento, foi o de se instalar fisicamente em sala do prédio da Reitoria e cuidar da organização interna da comissão, incluindo a elaboração de regimento próprio.

Ainda em 2015, ingressou com pedido formal para que a UFSM não proceda a eliminação de documentos enquanto os trabalhos da comissão estejam sendo realizados, e iniciou o levantamento de documentação junto ao Departamento de Arquivo Geral (DAG), na busca do paradeiro dos documentos produzidos durante o período da Ditadura Civil-Militar.

No início do primeiro semestre de 2016, após reivindicações à Reitoria, a comissão conseguiu a designação de uma estudante bolsista para auxiliar em suas necessidades administrativas. Ao longo do semestre, prosseguiram os trabalhos de pesquisa junto ao DAG; participou-se de programas de rádio e TV para informar sobre os objetivos da comissão; esteve-se presente em evento que reuniu todas as comissões da verdade universitárias do país, na Unesp, em São Paulo. E para agilizar a pesquisa no acervo documental da UFSM, a comissão constituiu uma equipe de pesquisadores voluntários, que contribuirão no levantamento de fontes documentais para o desenvolvimento dos trabalhos.

Neste período, em audiência com a Reitoria da UFSM, a comissão obteve a prorrogação dos seus trabalhos por mais um ano, de modo que será mantida em atuação até junho de 2017.

Em 15 de abril, a comissão recebeu o depoimento do professor aposentado Eduardo Rolim, que teve seus direitos políticos cassados e exonerado da UFSM durante a ditadura, tendo sido posteriormente readmitido nos quadros da UFSM, na gestão do ex-reitor Gilberto Aquino Benetti (1985-1989). Rolim prestou declarações sobre casos de violações dos direitos humanos ocorridos a partir do Golpe de 1964.

Em 3 de junho, depois de completado o tempo de atuação do primeiro coordenador e do primeiro secretário da comissão – respectivamente, o professor Diorge Alceno Konrad, representante do Departamento de História, e o estudante Guilherme Garcia Teixeira, representante dos discentes do curso de Arquivologia – escolheu-se como coordenador do próximo período (três meses) o advogado Márcio M. Brum, representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e como secretária, a professora Glaucia Vieira Ramos Konrad, representante do Departamento de Documentação.

Ao longo deste e dos próximos meses, a comissão continuará o trabalho de pesquisa documental junto ao DAG, bem como de recebimento dos depoimentos de professores, técnicos, estudantes e familiares, relacionados a casos de violações aos direitos humanos ocorridos no âmbito da universidade, no período de 1961 a 1988.

Além disso, a comissão está em fase de elaboração de requerimento à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para acesso a documentos produzidos na UFSM, durante o período ditatorial, e enviados à sede do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) por meio da Assessoria Especial de Segurança e Informação (Aesi), órgão que monitorava a instituição.

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