Sociedade Convergente. Alceu Moreira apresenta programa da AL que quer redesenhar o Estado

O programa “Sociedade Convergente” é a pedra de toque (assim é que se dizia) do mandato de um ano do peemedebista Alceu Moreira, na presidência da Assembléia Legislativa. A UFSM tem representante no Conselho Deliberativo do Fórum Democrático, uma das instâncias da proposta que busca redesenhar o Estado, a partir dos debates que estão ocorrendo ao longo deste ano.

A propósito de tudo isso, o presidente do parlamento gaúcho esteve nesta sexta-feira em Santa Maria, onde fez palestra no Centro de Tecnologia, no campus da Universidade, em Camobi. Saiba mais detalhes na reportagem a respeito, produzida por Gilmar Eteilwein, com foto de Marcelo Bertani, da Agência de Notícias da Assembléia. A seguir:

“SOCIEDADE CONVERGENTE – Moreira fala a universitários sobre importância da participação no processo político

O Programa Sociedade Convergente foi apresentado pelo presidente da Assembléia Legislativa, deputado Alceu Moreira (PMDB) na manhã desta sexta-feira (13) no campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A palestra ocorreu no auditório central do Campus, no encerramento da programação da Semana Acadêmica. A UFSM integra o Conselho Deliberativo do Fórum Democrático. O vice-reitor, Felipe Müller, destacou a importância do diálogo proposto pela Assembléia gaúcha e a importância de Santa Maria como pólo gerador de idéias para um projeto de redesenho do Estado. Participaram cerca de 200 alunos e professores.

Alceu Moreira abordou a necessidade de se fazer um redesenho do Estado através das propostas que serão geradas pelos debates do Sociedade Convergente. “As mãos não conseguem fazer o que a cabeça não domina”, ressaltou aos estudantes por diversas vezes. Segundo ele, a estrutura arcaica do Estado e a forma como os serviços públicos são mal planejados e não retornam em serviços eficientes ao cidadão são resultado de um desenho equivocado das estruturas públicas. “Queremos levar ao parlamento, novamente, a pauta política e não apenas atender a favores e apoios pessoais”, enfatizou. “Precisamos discutir o pensamento de políticas coletivas. Estamos pensando com clientelismo, e isto nos deixa com uma missão pobre, nos torna office-boys de gravata. Não é isto que queremos. O Sociedade Convergente quer mudar esta realidade”.

Para ele, os governos só vêm à universidade quando precisam de alguma coisa, não integram a universidade ao debate, não buscam torná-la parte da estrutura dos governos. “Queremos que ela seja cérebro, faça o debate, queremos trazer os temas de Estado para cá, popularizar os temas políticos para que ela se aproprie”. Segundo ele, o controle social pode sufocar a corrupção: “quanto mais gente souber dos labirintos escuros dos governos, mais fácil é gerir o processo e menos espaço para o oportunismo. A universidade traz para o parlamento a possibilidade de fazer planejamento estratégico, exercer o papel de camisa 10 do processo. A universidade não tem raciocínio ideológico, permite apenas a verdade, então é de fundamental importância sua participação no processo”.

Participação e controle social

Moreira lembrou dos altos custos do transporte do Estado. O RS tem um custo de produção da ordem de 19%, enquanto o Canadá gasta 5,8%. “Os custos dos países desenvolvidos são muito menores, com um nível de renda e de vida muito maior do que o nosso. Temos que nos mirar no exemplo deles”. O presidente da AL disse, também, que a transformação tem que ser feita por todos. “O controle social será fundamental para que os futuros governantes sigam uma lógica discutida…”

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui para ler a íntegra desta e, se desejar, também outras de reportagens produzidas e distribuídas pela Agência de Notícias da Assembléia Legislativa.