O despertar do movimento estudantil – por Maiquel Rosauro
O movimento estudantil despertou em Santa Maria. É incrível ver a mobilização e o entusiasmo da garotada nas escolas ocupadas. A minha geração, que hoje beira os 30 e poucos anos, não possuía o mesmo senso crítico dos guris que hoje têm 16.
Desde a semana passada realizo assessoria de imprensa para o 2º Núcleo do CPERS/Sindicato – Santa Maria, o que possibilitou que eu visitasse as ocupações desde os primeiros dias de mobilização. E o que encontrei foram estudantes engajados, com pautas bem definidas e com uma programação diária de atividades.
Ao mesmo tempo em que apoiam a greve dos professores estaduais, os alunos reivindicam melhorias nas instituições de ensino e o fim do sucateamento das escolas. Falta de material escolar e ausência de manutenção nos prédios públicos são alguns dos problemas mais comuns. Outro ponto é a falta de professores em diversas disciplinas.
Chama atenção a organização dos jovens. Para entrar, é preciso deixar registrado o nome completo, RG ou CPF. Para posar na escola, os estudantes precisam trazer uma autorização por escrito dos pais. No caso da Escola Bom Conselho, de Silveira Martins, as meninas só podem posar no local quando outra professora grevista também permanece na instituição. As regras foram definidas pelos próprios alunos.
Apenas partidos políticos e jornalistas possuem ressalvas dos estudantes. Em todas as escolas que visitei, eles querem distâncias dos partidos. Afirmam não acreditar na política partidária, embora tenham noção que alguns estudantes presentes nas mobilizações são ligados a diferentes siglas.
O problema em relação aos jornalistas está na divulgação das ações. Segundo eles, muitas informações acabam sendo distorcidas pela grande mídia. Por este motivo, eles preferem se comunicar através das páginas das ocupações no Facebook.
De início, alguns veículos de comunicação de Santa Maria torceram o nariz para a postura dos jovens. Porém, como pode ser visto nos periódicos locais de ontem, já há um entendimento entre jovens e imprensa. O que é ótimo para os dois lados e também para o grande público.
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