SALA DE DEBATE. Do Reino Unido aos meandros da Lava Jato, tudo é pra discutir. Inclusive com ouvintes

A decisão dos habitantes do Reino Unido (não confundir, como ali se explicou, com a Grã-Bretanha), de largar de mão a União Europeia, é ato xenófobo, defesa dos interesses da população ou o quê, afinal? Isso foi intensamente discutido no programa de hoje, pelos doutos convidados. Que, claro, também não esqueceram das últimas da Lava Jato.
Houve até um ouvinte (vários participaram, como sempre), que se deu conta, enfim, não ser “apartidário”, como se propunha. É, antes de tudo e acima de tudo, um “antipetista”. Portanto, tem partido. Ou não? Ele se convenceu que sim.
Essas questões, e outras mais, foram tema para os debatedores Elvandir Costa, Alexandre Lima, Giorgio Forgiarini e Ricardo Blattes, que participaram do programa desta sexta-feira, de novo ancorado por este editor. Aliás, o programa também foi pautado pelo bom humor de sempre, talvez ampliado um pouquinho.
Quer conferir e até comentar? Basta clicar nos linques abaixo e ouvirá todos os blocos, na íntegra.
Saída do Reino Unido é assunto complexo. Não confundir com o que a mídia divulga, já que a maioria dos jornalistas envolvidos era contra o que aconteceu. Sírios no Reino Unido são muito poucos, a cota é de 20 mil refugiados em 5 anos. Muito mais gente indo trabalhar lá com passaporte comunitário, inclusive ítalo-brasileiros, poloneses, o escambau. Inclusive a votação para sair foi majoritariamente em lugares onde quase não existem estrangeiros, no interior. Primeiro ministro atual prometeu o referendo lá por 2012 porque o descontentamento já era grande. Tinham que sustentar duas “brasílias”, uma em Londres e outra em Bruxelas, sede do parlamento europeu, com um agravante sério: Bruxelas estava se lixando para a opinião da população. Irlanda estava bem, era centro financeiro que rivalizava com Londres. Escócia recebeu muitas indústrias, parte da comunidade européia com salários médios mais baixos. Juntando isto com “gente que faz o diabo” numa eleição, dá nisto. Chegaram a dizer que o mundo corria o risco de nova guerra mundial. Negócio não está muito diferente no continente, se ocorresse plebiscito na França sairiam com margem maior. Bolsa francesa foi a que mais caiu, 8%. Noutros países não está diferente, reclamar da situação já rende um chingaemento de xenófobo.
Para ser contra o PT não é necessário defender outro partido. Isonomia é tratar os iguais de forma igual e de forma desigual os diferentes na medida da desigualdade, já dizia o tio Aristóbolo. Os outros partidos não passaram quarenta anos bancando as vestais da república e a solução para todos os males. Mais velhos entendem, badalhocas não.