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CIDADANIA. Grupo Migraidh, na UFSM, precursor na luta pelos direitos dos refugiados e imigrantes em SM

Migraidh em pesquisa de campo na Associação de Senegaleses da capital. Grupo já fez importantes trabalhos em Santa Maria
Migraidh em pesquisa de campo na Associação de Senegaleses da capital. Grupo já fez importantes trabalhos em Santa Maria

Por GABRIELA PAGEL (com foto de Divulgação), da Coordenadoria de Comunicação Social da UFSM

Migraidh – Direitos Humanos e Mobilidade Humana Internacional é um grupo de pesquisa, ensino e extensão da UFSM que tem como objetivo principal a promoção dos direitos humanos de imigrantes e refugiados, por meio da pesquisa e do desenvolvimento de práticas e ações para a inserção social e empoderamento da população migrante. O grupo surgiu a partir da tese de doutorado da professora do curso de Direito da UFSM Giuliana Redin, coordenadora do Migraidh, que aborda o direito de migrar. Atualmente, 30 alunos participam do grupo, 25 na área de pesquisa e cinco em pesquisa e extensão.

O grupo iniciou na área da pesquisa em 2013, para conhecer a realidade dos imigrantes econômicos e dos refugiados, por meio de pesquisas de campo com imigrantes haitianos e senegaleses em diversas cidades do Rio Grande do Sul.

Após pesquisa realizada em Lajeado com imigrantes haitianos, o grupo desenvolveu a proposta para instituir na UFSM o Programa de Acesso à Educação Técnica, Tecnológica e Superior para Imigrantes em Situação de Vulnerabilidade e Refugiados, que foi aprovada pelo Fórum de Coordenadores de Graduação da UFSM no dia 10 de junho. Idealizada pelo Migraidh, a proposta de resolução agora segue outros trâmites internos até passar pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) e, em última instância, assinada pelo reitor.

A medida objetiva promover o acesso de imigrantes em situação de vulnerabilidade e refugiados à UFSM, mediante vagas suplementares e especiais na Universidade (5% por curso). Está prevista uma flexibilização na comprovação de conclusão do ensino médio, para que, caso o imigrante ou refugiado não tenha documentação comprovando essa etapa escolar, possa realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), sendo aprovado com nota mínima para ingressar na UFSM.

Segundo a coordenadora do Migraidh, Giuliana Redin, a Universidade assume o compromisso social de oportunizar igualdade em oportunidades e acesso à educação da população migrante, que é significativamente impactada e tem suas condições potencialmente agravadas pelo processo da mobilidade.

Além disso, o Migraidh é responsável pela Cátedra Sérgio Vieira de Mello da UFSM, que representa uma parceria da Universidade com a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) para a promoção e difusão do Direito Internacional dos Refugiados. Com isso, há o compromisso institucional com ações de integração social, sendo uma delas a promoção da acessibilidade linguística, onde os acadêmicos que participam do grupo realizam espaços de diálogo uma vez por semana com os imigrantes e refugiados, ao projetar palavras, frases e dizeres do cotidiano. Também auxiliam na inserção laboral e atuam no combate à xenofobia.

Conforme Giuliana, é importante lembrar que o Migraidh não faz o papel do poder público, mas assume o compromisso de pressioná-lo para o desenvolvimento de políticas públicas e respostas de promoção de direitos humanos.

Em 2015, o Migraidh também atuou na elaboração de nota técnica dirigida à comissão especial destinada a dar o parecer ao Projeto de Lei de Migrações na Câmara dos Deputados (PL 2516/2015).

O acadêmico de Direito da UFSM Luís Augusto Bittencourt Minchola, estudante-pesquisador que participa do Migraidh desde 2013, conta que desde que entrou para o grupo percebeu a importância de assumir a luta pelos direitos humanos e pensar na resposta ao coletivo. “Pude compreender, pelo contato com imigrantes, a importância do respeito à diversidade cultural e de como precisamos nos questionar sobre nossos modelos de sociedade que excluem seres humanos de direitos pela mera distinção de nacionalidade”, destaca.

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Um Comentário

  1. Com meia dúzia de imigrantes é fácil teorizar e pregar moral. Alemanha recebeu perto de um milhão entre legais e ilegais ano passado. Lá a tese de doutorado deve ser outra.

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