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CIDADE. Dona Maria Rosangela, mãe de Shelli Vidoto, desabafa – enquanto a polícia vai atrás dos matadores

Shelli, 27 anos, assassinada sexta-feira, e a mãe, a professora Rosângela Vidoto. Autoridades investigam o caso e buscam os autores
Shelli, 27 anos, assassinada sexta-feira, e a mãe, a professora Rosângela Vidoto. Autoridades investigam o caso e buscam os autores

Por RAUL PUJOL (com foto de Reprodução do Feicebuqui), no  jornal A RAZÃO

A mãe de Shelli Uilla da Rosa Vidoto, 27 anos, jovem que foi assassinada com duas facadas na noite de sexta-feira, no Bairro Dores, em Santa Maria, abalada com a perda da filha para o crime, resolveu desabafar em sua conta no Facebook. Shelli foi morta após ser assaltada. “Sou agora um corpo que apenas anda, tiraram meu sol, minha luz brilhante. Estou despedaçada, sem forças. O sistema deve mudar, do contrário os pais estarão cada vez mais enterrando seus jovens filhos”, disse no Facebook a professora Maria Rosângela Vidoto, que mora em Santiago.

A tia de Shelli, a servidora pública estadual Vera Tereza Costa Vidoto também ressaltou sua indignação com o assassinato da sobrinha. “É triste e terrível! Não aguentamos mais esta violência. Onde vamos parar com tanta brutalidade?” Vera conta que toda a família está em choque pela perda de uma pessoa tão jovem, que tinha uma vida inteira pela frente. “É grande o transtorno emocional de todos os familiares e também dos amigos, até porque todos foram pegos de surpresa, assim como várias pessoas que perdem seus entes queridos em atos de extrema violência por todo o Brasil. Esperamos que os autores sejam identificados e punidos”, ressalta ela.

O local do crime

A estudante universitária Nathalia Miolo Alves, 20 anos, que mora no prédio em frente ao local em que foi Shelli foi morta, na Rua Bento Gonçalves, no Bairro Nossa Senhora das Dores, está assustada com o crime. “É uma rua perigosa, não dá para andar tranquila de noite. Estou assustada. Desde que moro aqui nunca tinham matado ninguém”.

Ainda conforme a estudante, o Clube Recreativo Dores, que fica localizado há alguns metros do local do crime, dá um pouco de sensação de segurança por causa do movimento. “Em função dos frequentadores do clube, a rua fica mais movimentada, mas não foi o suficiente para evitar o assassinato da jovem. Esses dias assaltaram um mercadinho aqui perto de casa, à mão armada”, conta.
A universitária diz que agora vai se cuidar, ainda mais, depois do assassinato de Shelli.

Projeto para frear a violência

Lançado no começo deste mês pela Brigada Militar (BM), o projeto Santa Maria Segura, é uma das apostas para tentar frear os altos índices de violência registrados na cidade.  “A nossa previsão é que comece em agosto, com a instalação da Polícia Comunitária, mas ainda dependemos de algumas parcerias para confeccionarmos as cartilhas do programa. Será uma forma dos órgãos de seguranças se aproximarem das comunidades, junto com a iniciativa privada”, diz o tenente-coronel Gedeon Pinto da Silva, comandante do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon) da BM.

Sobre a morte da jovem Shelli, o major diz que a Rua Bento Gonçalves é um trajeto rotineiro das viaturas da BM, já que a sede do 1º RPMon fica perto do local onde aconteceu o latrocínio. “Cada vez mais trabalhamos para ampliar e qualificar nossas ações, tanto na área tecnológica quanto no policiamento e no serviço de inteligência para evitarmos esses tipos de crime que chocam a sociedade”, afirma.
O comandante também ressalta que a “orientação principal em assaltos é não reagir e avisar a polícia, além de evitar andar em lugares escuros”.

O advogado criminalista Daniel Tonetto, coordenador do Fórum de Segurança da Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (Adesm), também lamentou a morte de Shelli. “É um absurdo. Creio que vão prender os autores em breve. Era uma menina cheia de vida. Como o caso aconteceu no Centro da cidade, a população fica com medo”.

Busca dos assassinos

O delegado Laurence de Moraes Teixeira, da 1ª Delegacia de Polícia Civil, informou que ontem foram realizadas várias diligências e ouvidas algumas testemunhas.
Porém, até o fechamento desta edição de A Razão, nenhum dos dois suspeitos tinha sido localizado, nem a bolsa da vítima. Quem tiver alguma informação que possa ajudar a Polícia deve ligar para os telefones: 197 ou 181.

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Um Comentário

  1. Existe um detalhe que está sendo deixado de lado. Existe alegações de que a ambulância do SAMU levou 40 minutos para chegar no local. Não dá para saber se faria diferença, mas seria bom apurar se a informação é verdadeira e se é possível melhorar este tempo.
    Ainda mais que existe pré-candidato a prefeito falando em descentralização de central telefônica da SAMU há um par de anos.

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