Agora é 2010. No afago de Tarso, uma estranha guinada petista para o centro. Tudo pelo PMDB
O PMDB é a noiva cobiçada. Vale para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Vale para a troca de comando no Palácio Piratini, na província de São Pedro. Trata-se, sabe-se, de uma confederação de interesses regionais, o peemedebismo. Mas tem quadros, militantes e, especialmente, votos. Por isso, os dois pólos da política nacional o querem. Leia-se PT (e Lula) e PSDB (e José Serra).
Se, do ponto de vista eleitoral, e até mesmo para uma composição de chapa com programa comum, pode-se admitir com alguma facilidade a desistência de alguns pontos, de parte a parte, para facilitar uma aliança; conceitualmente chega a ser curioso, para não dizer outra coisa, ver um petista de quatro costados como Tarso Genro (na foto da ABr) equilibrar as palavras e fazê-las cair com força para o lado direito. Sim, porque para quem está à esquerda, só tem um jeito de virar centro. E não é ir para a extrema-esquerda, por certo.
Estou falando grego? Eu, não. Já o ministro da Justiça… Bem, confira você mesmo o que Tarso declarou neste domingo, e é registrado em reportagem da jornalista Mylena Fiori, da Agência Brasil. E lá no final, um último comentário meu. A seguir:
Tarso defende “partidão” de centro para eleições de 2010
No que depender do ministro da Justiça, Tarso Genro, o PT buscará um programa de consenso para aliciar o maior número possível de aliados para as eleições de 2010. Em conversa com jornalistas, neste domingo, em Porto Alegre, Tarso propôs uma grande aliança de centro.
Sempre sustentei a necessidade de que tenhamos um partido centrista forte no Brasil, disse Tarso. Sou da opinião de que o PT, daqui para adiante, deve aglutinar um pólo de esquerda forte, com PCdoB, PSB e PDT, e se dirigir com um programa progressista em direção ao centro, chamando partidos como o PMDB e outros correlatos para preparar as eleições de 2010, completou.
A flexibilização de propostas, segundo Tarso, é uma necessidade para atrair o PMDB, fortalecido nas eleições municipais. Independetentemente do resultado de hoje, a disputa política em direção a 2010 saiu modificada, porque a presença de um partido centrista forte, como o PMDB exige uma definição programática maior nos dois pólos da política brasileira, que é o PSDB de um lado e o PT de outro, afirmou. Essa definição que esses dois pólos vão fazer é que vai trazer, ou não, o PMDB para um sistema de alianças em direção a 2010, avaliou…
COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: o problema não está em fazer alianças, inclusive à direita, se houver a possibilidade de um programa que contemple o principal de todas as partes. O que preocupa um pouco é a retórica do envergonhamento. Ora, se é isso, que seja. Sem adjetivos ou subterfúgios verbais. O eleitor entenderá melhor, imagino, se tudo for as claras. E aceitará. Ou não. Mas isso já é ooooutra história.
SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a íntegra da reportagem Tarso defende partidão de centro para eleições de 2010, de Mylena Fiori, da Agência Brasil.
Leia também a reportagem Tarso: PT, PSDB e PMDB saem fortalecidos das eleições, de Sandra Hahn, na versão online dO Estado de São Paulo.
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