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Desemprego x empregabilidade – por Carlos Costabeber

Nasci atrás de um balcão, e desde muito cedo convivo com a questão do emprego. Em  todos esses anos, acompanhei e passei por muitas crises no Brasil; e invariavelmente a força de trabalho sempre acabou pagando o pato pelos desajustes na economia. Nos governos Lula e Dilma, graças a uma situação muito positiva da economia internacional, aos elevados preços das commodities e ao estimulo à demanda interna, o Brasil viveu anos de pleno emprego. Só não trabalhava quem não queria (os “sem, sem”: sem estudo e sem emprego).

carlinhosSó que os erros na condução da economia nos últimos anos estão cobrando um preço muito elevado: deveremos fechar o ano com 14 milhões de desempregados; e sem perspectivas de que o cenário possa melhorar no curto e médio prazos. Só que vejo o problema por uma outra ótica: empregos existem; o que não existe é pessoal qualificado para atender à demanda das empresas. Elas recebem inúmeros pedidos de emprego, só que falta conhecimento e experiência para a grande maioria. Enquanto tudo estava bombando, até os analfabetos conseguiam uma colocação, notadamente na construção civil. Em muito pouco tempo tudo mudou !

Hoje vivemos uma outra realidade! As empresas querem profissionais que estejam prontos, pois não têm tempo para treinar ou investir em novos talentos. E esse fenômeno não está sendo uma característica da economia brasileira. No mundo em recessão, os jovens são os maiores prejudicados, assim como os profissionais com mais idade. A grande diferença, é que naqueles países o nível educacional da mão-de-obra é muito superior ao da brasileira. E os nossos governantes são os grandes culpados por esse atraso imperdoável.

Agora chegamos à triste realidade: a falta de politicas sérias na área do ensino e da qualificação profissional, somada à mentalidade atrasada de parte do empresariado, colocam o Brasil numa situação de baixa competitividade. E não é por falta de dinheiro! É por falta de gestão e de planejamento de longo prazo. Agora começamos o pagar o alto preço pelo amadorismo e por colocarmos políticos despreparados para cuidar do ensino. Somos uma das 10 maiores economias do mundo, mas em educação e competitividade, estamos muito longe do desejado.

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