“…Os diálogos inteligentes dos coadjuvantes, em especial os que ocorrem durante o campeonato de vôlei organizado pelo psicanalista para conter os ânimos com a indecisão do pontífice, são a ponte para que nossa simpatia chegue em alto grau diante de Michel Piccoli e sua atuação impecável.
Seu papa não tem máscaras. Está com os nervos à flor da pele e não faz questão de disfarçar. Quem se mostra é o homem antes de assumir o sacerdócio. Que teve pai, mãe, amores, sonhos, decepções e outras coisas bem mundanas. Elas nada têm a ver com suas responsabilidades papais, mas o impedem de assumir o lugar para o qual foi designado…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra de “Fé na dúvida”, de Bianca Zasso. Nascida em 1987, em Santa Maria, Bianca é jornalista e especialista em cinema pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Cinéfila desde a infância, começou a atuar na pesquisa em 2009. Suas opiniões e críticas exclusivas estão disponíveis todas as quintas-feiras.
Cimino dizem os críticos só fez um filme bom, “O Franco Atirador”. Muito mais do que muita gente por aí que fez nenhum.
Abbas Kiarostami era minimalista, tirava leite de pedra. Tupiniquins deveriam assistir mais os filmes dele, talvez aprendessem alguma coisa. Bons roteiros e bons diálogos rendem bons filmes. Em 1997 lançou Gosto de Cereja, filme onde um sujeito dirige e procura alguém para uma tarefa (sem spoiler) não muito clara no início. Rendeu a Palma de Ouro em Cannes. Em 2002 lançou o filme Ten (Dez), conversas de uma mulher motorista de táxi em Teerã. Feminismo inteligente, não aquela aporrinhação politicamente correta quase religiosa da esquerda atrasada, nem a propaganda escrachada e acéfala americana. A filmagem rendeu um documentário (10 on Ten) em 2004.