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4,9 bilhões para quem? – por Giuseppe Riesgo

A democracia tem custado caro ao povo brasileiro. Eleição a eleição, temos aumentado substancialmente o custo do nosso sistema democrático para depois entregar a conta para a população pagar. A última novidade veio da aprovação, via Congresso Nacional, do aumento no fundo eleitoral para financiar as campanhas políticas desse ano. Criado em 2018, para substituir o financiamento privado de empresas, o famoso “fundão” já cresceu 188%, passando de R$ 1,7 bilhão para R$ 4,9 bilhões em apenas 5 anos de existência.

Ou seja, além de financiarmos, via fundo partidário, 32 partidos políticos no país, nós também fomos convidados a pagar pelos santinhos, bandeiras e jingles que aparecem de dois em dois anos em nossas portas. Um mar de dinheiro público jogado fora em meio ao caos econômico e social vivenciado pela população.

Aqueles que argumentam a favor de tamanho desperdício, usam de subterfúgios argumentativos em prol de uma suposta representatividade política. No entanto, convenientemente ignoram que o fundo eleitoral tem gerado menos inclusão e renovação na política brasileira. Para termos ideia, depois do “fundão”, os candidatos dispostos à reeleição tem recebido 14 vezes mais recursos do que aqueles que se apresentam para a sua primeira eleição. Além disso, o fundo eleitoral tem ficado mais concentrado entre aqueles que já possuem maior poder aquisitivo –, o que também prejudica o processo de renovação. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, candidatos com patrimônio declarado acima de R$ 1 milhão tem recebido 9 vezes mais recursos do que aqueles novatos que se apresentam com menos R$ 10 mil de patrimônio pessoal. Que representatividade e renovação é essa, afinal?

A grande verdade é que o fundo eleitoral nasce para manter o status quo da política nacional. Não é à toa que somos líderes mundiais nos gastos públicos com campanhas políticas, com valores bem acima do dispendido por países ricos e desenvolvidos como Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Estados Unidos. Foi por isso e por perceber uma nítida ilegalidade nesse escandaloso aumento, que o NOVO protocolou junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade para barrar tal aumento concedido de forma unilateral, acima da inflação e à revelia do que dispõe à Lei 13.487/17 que criou o fundão eleitoral.

A sociedade nitidamente cansou de tamanho abuso e desperdício de dinheiro público. Não à toa, só entre associações de representação gaúchas, nós já temos a adesão ao processo, como amicus curiae, de 12 entidades de classe e a expectativa é que esse número cresça. Importante salientar a grande quantidade de entidades santa-marienses que muito nos orgulham com sua adesão ao processo. A mobilização da sociedade é fundamental nesse processo de pressão junto à classe política como um todo. O NOVO vem denunciando e abrindo mão de usar esses recursos. O intuito é dar o exemplo e provar que é possível fazer política de forma limpa e apenas com recursos de quem, efetivamente, acredita e quer colaborar com o nosso projeto. Esse é um primeiro passo fundamental se queremos renovar a política nacional e colocar, finalmente, o Estado brasileiro a serviço do seu povo.

*Giuseppe Riesgo é deputado estadual e cumpre seu primeiro mandato pelo partido Novo. Ele escreve no Site todas as quintas-feiras.

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Um Comentário

  1. Brasil no papel é uma republica, na prática tem uma corte em BSB. Fundão está fora de alcance pelo déficit democratico no pais, não dá para chamar isto aí que se vê de democracia. Torcida é para que uma hora desande. Voltando para a terra, ‘especialistas’ afirmam que depois da pandemia o turismo regional vai bombar. Governo estadual resolve ‘investir em infraestrutura’, jogar dados com o dinheiro publico acreditando nos ‘espertos’. Em algum lugar talvez acerte, mas a aldeia foi contemplada com grana para o parque da barragem. Que, se não tiver publico (e se acontecer), é recurso jogado fora. Enquanto isto o hospital regional continua capenga. Alás, Cladistone, o indigesto incompetente, conseguiu a licitação para o projeto de duplicação da faixa nova. Mais um anuncio com nada de concreto. Conjuntura politica vai mudar e não se sabe o que vai acontecer. Vide grana do Ministerio das Cidades para asfaltamento. Corre-se o risco de o projeto acontecer e ficar engavetado muito tempo. E, como ja ocorreu muitas vezes no pais, daqui um tempo licitarem o projeto novamente por estar ‘desatualizado com as necessidades’.

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