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ELEIÇÕES 2016. Quem tem o mandato de vereador larga com muita vantagem sobre os outros candidatos

Mais de dois terços dos vereadores concorrem à reeleição, a prefeito ou vice. E, na prática, terão meio dia livre para fazer a campanha
Mais de dois terços dos vereadores concorrem à reeleição, a prefeito ou vice. E, na prática, terão meio dia livre para fazer a campanha

A situação não é exatamente nova. Valia quando as campanhas necessitavam de muito mais recursos, invariavelmente bancados por empresas. Agora, com o financiamento restrito aos próprios partidos e às pessoas físicas, é consenso: o troco será ainda mais escasso para bancar uma campanha. O quadro é particularmente penoso para quem concorre a vereador.

Explica-se: mesmo que limitada ao gasto de R$ 37 mil, em Santa Maria, a campanha será feita basicamente por recursos do próprio candidato. Os partidos já estão se vendo feios para encontrar as verbas necessárias ao custeio das candidaturas majoritárias, que não têm condições de “ajudar” seus concorrentes ao parlamento.

Assim é que há uma grande vantagem para quem tem exposição gratuita. O caso mais notório é o dos atuais vereadores. Afinal, têm tribuna e conseguem, se competentes, arrancar espaços na mídia para o seu trabalho. Mas isso não é suficiente, ao que tudo indica.

Tanto que na última sessão plenária, os edis APROVARAM dois projetos de resolução que beneficia diretamente os candidatos que lá estão. Não é novidade, diga-se: em legislaturas e pleitos anteriores isso já aconteceu, mas agora a diferença (pela falta de troco e visibilidade de quase todos) fica ainda mais favorável a quem detém mandato.

O editor reproduz a seguir o que foi aprovado:

“…-Projeto de Resolução Legislativa nº 5397/2016, que altera o horário das Sessões Plenárias Ordinárias da Câmara Municipal de Vereadores de Santa Maria. No período de 01 de agosto a 29 de setembro de 2016, as sessões iniciam às 9h.
-Resolução Legislativa da Mesa nº /2016, que altera o horário do expediente da Câmara Municipal de Vereadores de Santa Maria, no período de 18 de julho a 30 de setembro de 2016. O horário será das 7 h30 às 13h30…”

O que isso significa? O óbvio: candidatos terão mais tempo para fazer campanha, de um lado, e poderão contar também com os seus assessores, limitados a apenas meio periodo, no Legislativo. Se isso não for uma vantagem, o que será vantagem?

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2 Comentários

  1. Como diria Ulysses Guimarães: esperem a próxima legislatura! Julgando só o resultado do trabalho, a que sai deixou muito a desejar. Invasão do prédio da Camara, prédio inacabado, malabarismo para aumentar o número de edis, planos aprovados a toque de caixa com prazo vencido e sem debate, cassassão abaixo de pressão externa…
    Espera-se que os próximos sejam mais pró-ativos. Ser vereador é mais do que ler os jornais do dia, atender a clientela, fazer pronunciamentos, reuniões, dar nome a ruas, fazer homenagens, encaminhar requerimentos ao executivo e outras inutilidades.

  2. Se os eleitores estiverem (ou estivessem) atentos à qualidade da produção legislativa desses edis, o que era para ser vantagem, vira tiro no pé. Mas isso, se o eleitorado fosse atento e de boa memória.

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