Riudson Glitter. O diabo que veste Prada. E o high-society da boca do monte
Nossa society é um estouro
By Riudson Glitter
O diabo veste Prada
Quando penso que tudo está perdido, um ti-ti-ti aparece para salvar o colunista. Recebi a informação em off. Teria acontecido sábado passado. Socialite local, envolvida na organização de uma determinada campanha do agasalho, desfilava garbosamente pelo Calçadão, quando o fino casaco que vestia foi reconhecido por humilde senhora de classe média baixa, que o teria doado para campanha em questão. Que feio, gente! Será que a situação está tão difícil assim?
Arthur, o milionário sedutor
Supermercados da periferia estão na expectativa. Trata-se do novo aumento no valor do Bolsa-Família. Sempre que isso ocorre, novos hábitos são criados. Da cachaça passou para a vodca; do guizadinho para a maminha; do cigarro de camelô para marcas de renome. Meu Deus, o que nos aguarda agora? Se continuar assim, em breve esse pessoal estará comprando carro!
Pra frente, Brasil!
Estava em meu ateliê, ouvindo a Sinfonia nº 1 para Piano e Orquestra de Tchaikovsky, já na quinta dose de campari e tragando meu Gitanes importado quando toca o telefone. Atendo e era O Ogro. Enigmático e com a experiência de quem freqüentou porões misteriosos nos anos 60/70, avisou: “Toma cuidado, cagão. Não sai de carro. Fecha bem as portas e, principalmente, fecha bem a boca. Te afasta do computador. No Brasil, a
Constituição não é bem assim.” E desligou abruptamente. Pelo sim, pelo não, refiz o estoque de campari, não tenho saído de casa e mandei o carro para a oficina. Quanto a fechar a boca e me afastar do computador, ainda estou tentando decifrar a metáfora. Logo em seguida o telefone tocou novamente e uma voz cavernosa sussurrou: “Te cuida, caga-regras.” Alguém me empresta o Aurelião aí?
Assim caminha a humanidade
Funerárias da cidade estão eufóricas. Com a vitória dos empresários do transporte coletivo na Justiça, cancelando passagem gratuita para pessoas em tratamento continuado de saúde, encomendas de carros fúnebres estão em alta.
Dicas de boas maneiras VI
Se praticares caftinagem eleitoral, não sejas cafuçu pois, neste caso, serás confundido com um réles cafumango.
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