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HISTÓRIA. ‘21 de Abril’ receberá mostra de fotos da exposição original “O Rio Grande na Era dos Trens”

Trabalhos dos fotógrafos Alfonso e José Abraham estarão disponíveis para visitação pública ao longo do mês de agosto, no 21 de abril
Trabalhos dos fotógrafos Alfonso e José Abraham estarão disponíveis para visitação pública ao longo do mês de agosto, no 21 de abril

Por VERA JACQUES (texto – *) e JOÃO VILNEI (foto), da Assessoria de Imprensa da Prefeitura

Durante todo o mês de agosto, dedicado à Cultura, o Espaço de Convivência 21 de Abril (Clube 21 de Abril), localizado no Bairro Itararé, irá sediar a exposição “Memória Ferroviária-Patrimônio da História”. No total, são 24 fotografias da mostra “O Rio Grande na Era dos Trens”, de autoria dos fotógrafos Alfonso Abraham e José Abraham, cedidas ao acervo do Museu de Arte de Santa Maria (Masm). A exposição inicia na segunda-feira (1º) e ficará aberta ao público de segunda a sábado, das 9h às 22h.

A Mostra Memória Ferroviária-Patrimônio da História é uma realização da Prefeitura de Santa Maria, por meio da Secretaria de Cultura e Museu de Arte de Santa Maria (Masm), com curadoria do diretor do Masm, Márcio Flores. Segundo o autor da Exposição, Alfonso Abraham, que esteve em Santa Maria em julho de 1014, a mostra é um verdadeiro documento historiográfico de imagens dos dois profissionais, que registraram quatro décadas do transporte ferroviário no Rio Grande do Sul, no período de 1950 a 1984.

Quem for ao Centro de Convivência 21 de Abril, neste período, vai se encantar com imagens que mostram as oficinas de Santa Maria, que fabricavam peças e vagões; o luxuoso carro que levou Getúlio Vargas ao poder na Revolução de 30; máquinas que levaram grandes pedras para construção dos molhes de Rio Grande, como também a mais extensa ponte férrea já construída na América do Sul. “É um show de imagens que deixam saudosos aqueles que participaram desses eventos, e despertam emoções naqueles que até então só ouviram falar”, define o autor.

Já o curador, Márcio Flores, destaca que o 21 de Abril é o local adequado para a mostra, uma vez que tem uma ligação muito forte com a história ferroviária. “O símbolo do 21 de Abril é um trem”, lembra Flores. O diretor do Masm também acrescenta que as fotos, apresentadas na exposição, remetem a histórias de vida das pessoas ligadas à ferrovia.

O fotógrafo Alfonso Abraham lembra que nestas quatro décadas, as viagens de trem no RS praticamente acabaram. “O que era um projeto de desenvolvimento e integração nacional virou sucata e tristes sentimentos”, lamenta o fotógrafo. Neste sentido, argumenta Abraham, a intenção do projeto “O Rio Grande Na Era Dos Trens” é divulgar o quanto foi desenvolvimentista e importante este transporte para o Estado e para o Brasil. “Despertando, assim, as autoridades deste país, para que devolvam à população o transporte ferroviário. Não mais com as saudosas Maria Fumaças, mas com trens novos, composições modernas e ferrovias bem traçadas, descongestionando nossas rodovias”, conclui Abraham.

Fotógrafos têm currículo de exposições e prêmios

O autor e curador da Exposição  “O Rio Grande na era dos trens”, Alfonso Abraham, nasceu em 1952, em Barcelona, na Espanha. É brasileiro naturalizado e exerce a profissão de repórter fotográfico. Alfonso é autor de várias exposições no Rio Grande do Sul e recebeu prêmios importantes, como o Prêmio Ari de Jornalismo.

Alfonso Abraham é filho de José Abraham Diaz, o ‘Espanhol’, como ficou mais conhecido. Nascido em 1921, em Barcelona, capital da Cataluña, aos 16 anos de idade se alistou no ‘Batalhão Internacional Socialista’, durante a Guerra Civil Espanhola, lutou contra o fascismo franquista até ficar prisioneiro do exército do General Franco, em um campo de concentração.

Em 1952, José e a sua esposa Maria Abraham Lheureux, já com filho Alfonso Abraham no colo, embarcam de navio no Porto de Barcelona até o Brasil, chegando ao Porto de Santos e a Porto Alegre de trem. Logo, 1953, consegue emprego como metalúrgico na Admiral Springuer.

Mas foi em 1954 que começa sua real profissão, que amou e, se dedicou até os últimos dias de sua vida, a de Repórter Fotográfico. O fotógrafo começa como auxiliar de laboratorista dos Jornais Correio do Povo, Folha da Tarde e Folha Esportiva da Empresa Jornalística Caldas Junior (empresa de maior prestígio da época na região sul do Brasil). Espanhol conseguiu se naturalizar brasileiro em1958 e, assim se sindicaliza passando a ser um Repórter Fotográfico.

Fazendo um inventário dos prêmios recebidos por José Abraham, foram conquistados vinte seis prêmios de fotojornalismo entre os estaduais, da Associação Rio-grandense de Imprensa, e Nacional, o “Prêmio Esso”, em 1974, com a “Queda”. Foi fotógrafo convidado II Bienal Ecológica, 1981.

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

(texto – *) Com Informações do material de divulgação da curadoria da exposição

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