Meditação – por Alice Elaine Teixeira de Oliveira
Um dia ela decidiu meditar. Em primeiro lugar queria entender melhor o que significava meditar, já que muitos diziam-lhe que a meditação é um remédio para a ansiedade e que ela deveria praticar. Foi em busca da definição da palavra e descobriu: “considerar, ponderar. Pensar sobre.”. Então meditar significa PENSAR SOBRE alguma coisa e isso foi uma descoberta interessante visto que algumas pessoas que diziam praticar a meditação apenas a instruíram a esvaziar a mente e não pensar em nada. E ela foi mais além do dicionário e descobriu que meditar seria o equivalente ao ato de ruminar de um herbívoro, que continua mastigando um alimento até retirar o máximo de nutrientes dele.
Agora ela estava mais motivada em iniciar a sua própria prática de meditação, mais do que nunca estava ansiosa para encontrar um tema e esmiúça-lo, destrincha-lo e mastigar até a última molécula… Não demorou muito para que um de seus assuntos prediletos iluminasse a sua mente. Iria meditar sobre a criação animal. Lembrou que há alguns dias a mídia estava falando sobre o sacrifício de animais selvagens devido aos acidentes em zoológicos e em eventos públicos. Isso a abalou profundamente. Ela sentiu novamente a angústia e frustração de não poder fazer nada para mudar aquela triste realidade. Passou a procurar em sua mente alguma informação que justificasse todo este sentimento de revolta com relação à falta de respeito com estes animais que deveriam estar vivendo livres em seu próprio habitat.
Seus pensamentos a levaram ao relato do gênesis da criação da terra. Nesta história registrada, num livro milenar, é bem definido o fato de terem sido criados animais domésticos e selvagens, isso difere da teoria da criação que ensina que todos os animais eram selvagens e que alguns teriam sido domesticados pelo homem. Escolheu continuar na linha da criação e lembrar que o primeiro trabalho designado a um humano foi o de nomear as espécies animais da Terra toda. Imaginou o tempo que aquele primeiro homem levou para conhecer um a um os animais que ele aos poucos ia observando. Como ele deve ter analisado o tamanho, cor, e ficado admirado com as diversas habilidades extraordinárias de cada um. Deve ter notado a diferença óbvia que os animais domésticos apresentavam, estes animais deviam gostar de estar por perto dele, talvez até acompanhando-o por algum tempo durante seus passeios e enquanto trabalhava.
Ela começou a comparar alguns animais e achou semelhanças entre as espécies domésticas e as selvagens, no entanto, percebeu como o fato dos domésticos serem menores os permitiam um contato maior conosco, por exemplo, pensou nos gatos e nas onças, nos cães e nos lobos. Então voltou a pensar na ambição humana de possuir e dominar. Segundo a continuação da história da criação humana, ela aprendeu que Deus havia colocado todos os animais em sujeição ao homem, mas também, ordenou que este mesmo homem cuidasse deles. Não havia nenhuma margem para uma interpretação errônea de que os homens poderiam escravizar, maltratar, ferir ou abusar desta submissão. Foi deixado claro a forma de alimentação de toda criação animal, todos comeriam folhas, vegetação e frutas.
Logo chegou ao ponto de fissão entre o mundo perfeito e o que ela via agora, lembrou que o homem decidiu seguir as suas próprias regras, o que o tornou um ser altamente perigoso para os outros animais, por ele ter o domínio sobre eles. Naturalmente um animal, mesmo selvagem, evita um confronto com os humanos e isso foi um mecanismo de defesa que tornou-se necessário após o declínio moral, mental e físico da nossa espécie.
Um consolo e alívio preencheu o vazio de seu coração enquanto pensava, ou meditava sobre como seria se aquela condição inicial de relacionamento entre humano e animais voltasse a ser perfeita. Imaginou-se num futuro não muito distante, um tempo de paz entre todas as espécies e que nada poderia arruinar esta convivência pacífica. Transportou-se para o dia no qual os animais selvagens poderiam viver tranquilamente nos campos, matas e savanas e que mesmo assim poderiam permitir nossa aproximação para um afago e um contato sem oferecer qualquer perigo para nenhum dos lados. Ela estabeleceu seus pensamentos no fato de não haver propriedade sobre nenhum animal, mesmo os domésticos poderiam escolher as suas companhias humanas, ela confia que eles sempre serão fiéis, amorosos e naturalmente companheiros. Ela lembrou do que leu em Isaías 11:9.
Que exercício maravilhoso!!! Ela estava satisfeita com o resultado de tão pouco tempo de atividade mental. Sentia-se renovada e bem-disposta! E este assunto ainda não havia se esgotado, ela queria mais, porém, por enquanto ela preferiu usufruir do que ela estava sentindo no momento e curtir mais um pouco de sua paz interior.
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