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Análise. Os efeitos (ruins) para Alckmin, com a adesão de Garotinho à candidatura do tucano

Pois é. Aparentemente, Geraldo Alckmin está conseguindo o impossível: criar um fato ruim para si mesmo, num momento em que, segundo todos os indicativos, ele estava “pra cima”.

A adesão do casal Anthony e Rosinha Garotinho, ex e atual governantes do Rio de Janeiro, causou um verdadeiro tsunami no comando de campanha carioca.

Ao mesmo tempo, Alckmin perdeu o apoio de quem manda, no PFL, César Maia (que votará no tucano, mas não fará campanha para ele) e da candidata do PPS ao governo do Estado, no segundo turno, Denise Frossard. Em contrapartida, intensificam-se os movimentos a favor de Lula.

O atual presidente, que busca a reeleição, já tem o apoio do candidato mais votado no primeiro turno carioca, o peemedebista (mesmo partido dos Garotinhos) Sérgio Cabral, e também a adesão pra lá de velada, mas real, dos dirigentes e deputados locais do PSol de Heloísa Helena.

A propósito dos acontecimentos no Rio de Janeiro, fiquemos com a avaliação feita pelo jornalista Josias de Souza, em sua página na internet. Ela dá bem a medida do terremoto que Alckmin arrumou, como se diz por aqui, de graça:

”Na companhia de Garotinho, Alckmin encolheu

Fazer política também é fazer opção. Um presidenciável em campanha pode aumentar a própria estatura. Mas também pode agachar-se. Tome-se o caso de Alckmin. Ao aceitar o apoio do Garotinho e da Garotinha, pode ter obtido meia dúzia de centenas de votos de evangélicos. Mas ficou de cócoras, do tamanho de um molequinho.

Ao celebrar a adesão de Anthony e Rosinha, o presidenciável tucano disse que apoio não se recusa. Aceita-se. É de supor que, amanhã, se Dom Marcola decidir sair em amparo de Alckmin, oferecendo-lhe os votos da irmandade do PCC, o candidato virá à boca do palco para agradecer.

Candidata ao governo do Rio, a juíza Denise Frossard (PPS), que ontem declarara o seu apoio a Alckmin, deu meia-volta. “Retiro o meu apoio e vou seguir o meu caminho.” Em quem vai votar para presidente? “Vou anular o meu voto”, disse a juíza, adicionando um par de centímetros à sua figura pública.

Ouviu-se também na manhã desta quarta um ranger de dentes do prefeito do Rio, César Maia. “É uma tristeza muito grande”, disse ele. “Um homem que tem os princípios religiosos de Geraldo Alckmin, uma referência para todos nós em função de seu comportamento, de sua atitude, se junta com a corrupção, se junta com os desvios de conduta, se junta com o que há de pior no Rio de Janeiro e no Brasil.” É, pois é!

O governador tucano de Roraima, Ottomar Pinto, reeleito no domingo, esteve nesta quarta com Alckmin. Ele ecoou o presidenciável, à sua maneira: “Ninguém pode deixar de aceitar apoio. Política não se faz com anjo, arcanjo, querubim e serafim, se faz com todo mundo”, disse Ottomar.

É certo que não há anjos na política. Os últimos, filiados ao PT, foram pilhados no bordel. Mas os presidenciáveis também não precisam abusar da sorte. E Alckmin o faz reiteradamente. Ainda nesta quarta, recebe Ivo Cassol (PPS), governador reeleito de Roubônia, digo, Rondônia. Depois querem criticar Lula por ter-se aliado a…


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/.

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