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TRIBUNA. O que os vereadores estão dizendo: saúde, tema prioritário. E o Governo sem defensor aparente

Comando da Câmara de Vereadores, no momento em que o homenageado era o Corpo de Bombeiros. Mas houve vários discursos, também
Comando da Câmara de Vereadores, no momento em que o homenageado era o Corpo de Bombeiros. Mas houve vários discursos, também

As atividades da Câmara de Vereadores são menos conhecidas do que deveriam. Isso, embora se reconheça o trabalho da TV do parlamento, não melhora muito com a informação eletrônica. Embora se reconheça o trabalho da TV do parlamento, ela é limitada a quem tem televisão por assinatura.

Mas, o que os edis estão falando, nas sessões? A seguir você tem uma ideia, a partir do noticiário oficial da sessão desta terça-feira. É possível perceber, porém, a depender dos discursos feitos, que saúde é o tema prioritário, embora não o único. E que o governo está descalibrado, vamos dizer assim. Tentativas de defesa são escassas, mesmo que voluntariosas.

Enfim, a seguir, você tem um resumo (e lá embaixo, se desejar, há o linque para a cobertura completa da sessão, que inclusive homenageou os 160 anos do Corpo de Bombeiros). O texto é de Clarissa Lovatto Barros, com foto da AICV. Acompanhe:

(…Isaias Romero (liderança PMDB) relatou que participou de várias audiências a respeito do Sistema Único de Saúde, destacando que defender o SUS é defender a saúde brasileira. O vereador registrou que o SUS precisa de mais aportes financeiros para que continue atendendo com excelência os usuários. “ Observou que o financiamento do SUS é público e solidário, devendo ser garantido pelos governos. Criticou a aprovação, em primeiro turno, da aprovação de emenda constitucional que desobriga governo federal de realizar repasse específico para o SUS. O vereador explanou preocupação com a possibilidade de o governo federal acabar com a Farmácia Popular, que fornece medicamentos gratuitos.  Romero participou, na semana passada, de audiência pública sobre o SUS.

Anita Costa Beber (PR) informou que no dia 28 de junho participou de audiência pública, em Porto Alegre, a respeito do Sistema Único de Saúde. Observou que relatou a situação da saúde em Santa Maria, pois acompanha diariamente a procura de pessoas por atendimento. Relatou que, no mesmo dia, se reuniu com a direção de operações do DAER para tratar da falta de sinalização horizontal e vertical na estrada Norberto Kipper. Em comunicação de liderança, relatou que participou, no dia 30, de audiência com o prefeito de Osório para conhecer o projeto “Jogue Limpo com Osório”. Informou que 90 por cento da cidade está limpa. 

Manoel Badke (DEM) registrou que participou, nesta segunda-feira (04), de atividade na cidade de São Martinho da Serra para tratar do Hospital Regional. O vereador informou que aguarda a confirmação da vinda do secretário estadual de saúde para Santa Maria para definir a situação da gestão do Hospital Regional.

Marcelo Zappe Bisogno (PDT e liderança do PDT) destacou que os vereadores têm trabalhado para buscar soluções para os problemas de segurança pública e da saúde.  Registrou que o Hospital Universitário não tem mais capacidade de receber pacientes devido à superlotação e, ao mesmo tempo, o Hospital Regional está concluído, mas não em funcionamento. Disse que Santa Maria vive, hoje, um contraste, pois a cidade está recebendo a tocha olímpica e, concomitantemente, o município não conta com pediatras na rede de atendimento. “Não é possível que a gente esse contraste em Santa Maria”, afirmou, observando, por exemplo, que há três anos o muro no Centro de Eventos estava caído e foi consertado agora porque faz parte do circuito da tocha olímpica. Esclareceu que não critica a passagem da tocha pela cidade, mas o investimento de recursos públicos em jogos olímpicos. “A cidade tem dinheiro para trazer a tocha, mas não para conserta o Guarani Atlântico”, comentou.

Daniel Diniz (PT e liderança de oposição) declarou que causa estranheza o fato de o vereador Marcelo Bisogno, da base do governo Schirmer, realizar acusações à administração municipal. Convidou Bisogno para participar do bloco de oposição.  Informou que, por três vezes, tentou instalar uma CPI para investigar a situação da saúde de Santa Maria, mas não conseguiu as assinaturas necessárias.  Reiterou preocupação com o complexo esportivo Guarani Atlântico, que está em situação de emergência, causando insegurança aos moradores do entorno.  “Precisamos pressionar prefeito Cezar Schirmer para resolver situação do Guarani Atlântico”, destacou, acrescentando que o complexo está completamente abandonado. Alertou que o vento forte, característico de Santa Maria, pode levantar estrutura metálica do ginásio, causando danos às residências localizadas nas proximidades.  Ainda, em seu pronunciamento, o vereador criticou a empresa responsável pela coleta de lixo em Santa Maria. “A cidade não tem coleta de lixo de qualidade”, destacou. Sobre as estradas do interior, o vereador informou que percorreu a estrada que dá acesso à localidade de São Geraldo e constatou a situação vergonhosa da via. “A estrada que liga Camobi à localidade de São Geraldo está abandonada e sem condições de passagem”, comentou.

Luciano Guerra (PT) reiterou pedido de providências ao prefeito Cezar Schirmer para que atenda às demandas dos moradores dos distritos de Santa Maria. “O interior de Santa Maria precisa de concurso público com moradores residentes no interior. Precisamos de equipes de maquinários para o interior”, ponderou. O vereador registrou que está caindo a parede da Casa de Cultura, localizada na frente do prédio da SUCV.  “Em frente ao gabinete do prefeito e ele não enxerga isso”, comentou. Questionou como a prefeitura conseguiu recursos financeiros para garantir a passagem da tocha olímpica e, ao mesmo tempo, alega não ter recursos para atender os pedidos da comunidade.

Luiz Carlos Fort (PT) destacou que trabalha para estabelecer relação cordial com o Executivo, mas isso está se tornando insustentável. Disse que o prefeito Cezar Schirmer precisa mostrar a que veio porque até agora não demonstrou. O vereador disse que a secretária de saúde e o prefeito Schirmer devem ser responsabilizados pela falta de pediatras para atender as crianças, que são levadas pelos pais aos postos de saúde em busca de atendimento. “As crianças não têm culpa. Isso é desumano”, comentou.  Ainda, em seu pronunciamento, a prefeitura de Santa Maria declinou dos recursos de R$ 8 milhões do governo federal para viabilizar a praça pré-olímpica. “Oito milhões que a prefeitura poderia ter investido. Esse dinheiro foi embora”, comentou, acrescentando que não vai participar da recepção da tocha olímpica porque não vê sentido no evento, tendo em vista a situação da cidade. Comunicou que a Câmara devolve, em média, 50 mil reais por mês à prefeitura e, em razão disso, solicitou ao Executivo Municipal que destine às escolas municipais. “Nós devolvemos já 195 mil reais”, informou.

Jorge Trindade (REDE) informou que, no dia 14 de julho, o deputado federal João Derli estará em Santa Maria, oportunidade em que solicitará ao deputado destinação de emenda parlamentar para auxiliar na recuperação do Guarani Atlântico. Registrou que, nesta segunda-feira, participou de atividade no Ministério Público a respeito de ressocialização de crianças e adolescentes. Informou que a judoca Maria Portela compareceu à sessão ordinária nesta terça-feira e, posteriormente, conduziu a tocha olímpica.

Daniel Diniz (liderança PT) destacou a reportagem do jornal A Razão desta terça-feira, que noticiam o êxito das obras da Travessia Urbana.  Informou que o empreendimento de mais de 300 milhões é resultado do empenho do deputado federal Paulo Pimenta e do deputado estadual Valdeci Oliveira. “Vamos mudar realidade de muitas ruas e intersecções, que hoje é um grande problema para mobilidade urbana”, declarou, acrescentando que a obra possui uma extensão de 14 quilômetros. O vereador afirmou que já há maquinas trabalhando no trevo do minuano, a fim de melhor o tráfego na região sul de Santa Maria. Declarou que essa obra também tem a marca do deputado Paulo Pimenta e do deputado Valdeci Oliveira.

Isaias Romero (PMDB) relatou que, em legislaturas anteriores, trabalhou para garantir a construção do complexo esportivo Guarani Atlântico. Romero afirmou que, assim como a situação da saúde, o setor de segurança pública também está em crise. Declarou que os bandidos perderam medo da polícia e da Justiça, levando o Estado ao caos.  Informou que, na década de 1990, os cientistas políticos declararam que se houvesse investimento público em segurança pública levaria, no mínimo, 30 anos para obter resultados. “Eu fico preocupado onde vamos parar. Se os bandidos não têm temor pela polícia quem eles vão temer”, questionou…”

PARA LER A ÍNTEGRA DA COBERTURA DA SESSÃO DESTA TERÇA, CLIQUE AQUI.

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3 Comentários

  1. É um festival, muito mimimi, muito blábláblá, de útil ou prático nada. Para o SUS não tem dinheiro, mas para aumentar o número de vereadores na cidade existe. Grana para o SUS não tem, mas os novos vereadores precisam de assessores. Para o Hospital Regional não existe numerário, mas para ampliar o prédio da CV também está faltando. Para o Guarani Atlântico falta pila, mas para o “Pórtico dos Blindados” não. Nem para o Tecnoparque, uma aventura desenvolvimentista municipal (afinal é “investimento”). Tampouco no capitalismo subsidiado do Distrito Industrial.
    No Centro de Eventos ao lado do Farrezão a “tocha” tamanho olímpico é passada de mão em mão diariamente. Assim como embaixo de certos viadutos de um certo parque.
    A tocha(r) sempre esteve espiritualmente presente na CV e não existem sinais de que irá sair tão cedo.
    E ai de quem abrir o bico. “A democracia é cara”.

  2. Os pedidos ou pressões ou solicitações ou aproximações com o Sr. Cezinha são impossíveis. O cara é impressionável ahahahah. O vereador forte esperando que esse prefeito mostre a quê veio???? Senta aí, Fort. Aguarde só mais 4 meses. Passa rápido. Claro, nesse caso acho que vai demorar para passar….

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