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Economia brasileira em perspectiva – por Daniel Arruda Coronel

Desde 2014, a Economia Brasileira vem passando por uma grave crise, a qual tem corroborado para o aumento das taxas de desemprego e inflação, do risco-país, da perda da confiança por parte dos investidores internacionais, de quedas acentuadas nas taxas de crescimento e da aceleração do processo de desindustrialização da economia brasileira.

Embora a crise econômica brasileira tenha se acentuando em 2014, vários economistas, já alertavam que os fundamentos macroeconômicos brasileiros não eram sólidos e consistentes. Além disso, a crise foi acentuada, também, por fatores de cunho político, tais como uma eleição presidencial extremamente disputada, em que a então candidata Dilma Rousseff, afirmava de maneira peremptória, que, caso fosse reeleita, não iria adotar algumas medidas como uma forte contração monetária e fiscal e redução de programas sociais, o que acabou adotando após a sua reeleição.

Além disso, contribuíram significativamente para o aumento da crise e para um estado de convulsão econômica e social os vários casos de corrupção envolvendo importantes figuras do Executivo e do Legislativo, no que se convencionou chamar de “Petrolão”. Esses casos de corrupção, embora lamentáveis e vergonhosos, estão infelizmente enraizados na cultura política brasileira, em que ainda predomina o patrimonialismo, ou seja, a tênue divisão que separa o que é público do que é privado em países como o Brasil, tema muito bem esboçado pelo jurista Faoro.

Neste contexto, alguns pontos precisam urgentemente ser equacionados e estarem na agenda política do Congresso e do Executivo, tais como recuperação do equilíbrio fiscal; fortalecimento das instituições e das agências reguladoras; modernização do sistema político brasileiro, visto que é inconcebível um país como o Brasil ter aproximadamente quarenta partidos políticos, os quais grande parte não tem ideologias e programas e ações que visem a uma estratégia de crescimento e melhor distribuição de renda, sendo apenas representantes de interesses de nichos e castas não comprometidos com o país; responsabilidade macroeconômica, com amplo controle sobre as taxas de inflação e sobre as receitas e despesas do governo, com o objetivo de diminuir os déficits fiscais; fortalecimento de políticas que aumentem a produtividade; melhorias no setor de infraestrutura; maior segurança nos contratos jurídicos; reforma tributária que vise desonerar os setores produtivos; taxas de câmbio e juros competitivos; uma ampla política de fortalecimento ao setor industrial, visando estancar o processo de desindustrialização; maiores investimentos públicos e privados; maior inserção internacional com o fortalecimento dos acordos bilaterais e maiores investimentos em capital humano, o que passa necessariamente por reformas no Ensino Fundamental e no Médio, com qualificação, capacitação e melhores salários aos servidores, bem como uma política organizada e responsável visando à qualificação das universidades.

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