“…Mas a Renner deverá abrir 60 novas lojas só nesse ano. Acho que com esse exemplo fica bem clara a desproporção entre pequenos e grandes.
Essas verdadeiras “máquinas de vender” conseguem crescer mesmo em ambientes hostis, pois podem colocar contra a parede os fornecedores locais, já que importam a preços bem inferiores da China, Camboja, Vietnã. Por isso os pequenos e médios comerciantes ficam em total desvantagem, sem condições de competir. Restam os segmentos marginais, de baixo volume ou de produtos diferenciados que não interessam aos grandes. É a oportunidade de sobrevivência dos pequenos…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo “Máquinas de vender”, de Carlos Costabeber – graduado em Administração e Ciências Contábeis pela UFSM (instituição da qual é professor aposentado), com mestrado pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, com especialização em Qualidade Total no Japão e Estados Unidos. Presidiu a Cacism, a Câmara de Dirigentes Lojistas e a Associação Brasileira de Distribuidores Ford. É diretor da Superauto e do Consórcio Conesul.
Lojas Renner não é dos americanos há mais de 10 anos, pelo menos não só dos americanos. Capital da empresa foi pulverizado, isto é, para garantir que ninguém detenha o controle acionário uma série de regras faz com que existam limites para o percentual detido por cada investidor. Origem gaúcha da rede é ufanismo estéril, gostam de viver de passado na província.
China, Cambodja e Vietnã não têm CLT. É o famoso “dumping social”.
Outro problema é a pirataria, não somente com produtos de baixa qualidade. Empresas da ásia funcionam em horas extras não oficiais e a produção é desviada. Andaram copiando fábricas inteiras, alguns anos atrás um americano foi convidado por um gerente local a conhecer uma instalação. Ficou embasbacado, copiaram a planta inteira, a disposição das salas, tudo. Produto igual ao original, talvez melhor.
Lembra outra história, brasileiros foram a serviço para a China alguns anos atrás. Na volta resolveram aproveitar a passagem e passar o fim de semana em Paris. Mau negócio, tinham comprado muitos produtos falsificados franceses que foram devidamente confiscados.