Setembro de luta – por Maiquel Rosauro

Prepara-se para um mês de setembro com intensa mobilização dos movimentos sindicais. E o motivo não é o golpe em curso em Brasília, mas a luta pelos direitos dos trabalhadores.

Hoje, o governo estadual vai novamente parcelar salários. Serão depositados R$ 800 na conta dos servidores

Imagine um brigadiano, profissional que arrisca sua vida para garantir a segurança, recebendo R$ 800 para iniciar o mês. Ou um professor, que trabalha o dia inteiro e depois faz um terceiro turno em casa corrigindo provas e planejando aulas para receber menos de R$ 1 mil.

Ah, o Estado não tem dinheiro diz o pessoal da direita. Legal fera, agora me diz qual o plano deste governo para resolver o problema?

Como resposta, os educadores irão realizar um grande ato público sexta-feira, em Porto Alegre, em frente ao Tribunal de Justiça (TJ/RS), Ministério Público (MP/RS) e Palácio Piratini.

No TJ/RS, será entregue correspondência ao presidente exigindo providências para obrigar o governo a cumprir a liminar contra o parcelamento de trabalho. No MP/RS, serão solicitadas informações sobre o não cumprimento de uma liminar judicial que proíbe o parcelamento.

Outra categoria que promete tomar as ruas é a bancária. Amanhã, às 19h, na AABB os funcionários de bancos públicos e privados de Santa Maria e região decidem se entram em greve a partir de 6 de setembro. A tendência é de que a paralisação seja aprovada em todo país, uma vez que as propostas dos banqueiros não atendem as reivindicações da categoria.

Atenção também aos funcionários dos Correios. A categoria também está em campanha salarial e, na semana passada, a federação dos funcionários classificou a proposta patronal como um “pacote de maldades”. A negociação promete seguir tensa.

Logo, não estranhe se, nas próximas semanas, você acompanhar grandes atos públicos com a presença de diferentes categorias. Setembro será um mês de luta.