BANCÁRIOS. Sem proposta, reunião de negociação é suspensa. Em SM, aumenta adesão no Banco do Brasil
Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Bancários
Segue o impasse na campanha salarial dos bancários. Em nova rodada de negociação, nesta quinta, em São Paulo, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) voltou a frustrar a categoria. Os banqueiros não apresentaram uma nova proposta de reajuste e a reunião foi suspensa.
A Fenaban informou que, após consultar todos os bancos pertencentes ao sistema, não irá propor nenhum modelo de reajuste diferente do que foi apresentado até agora. Os patrões afirmam que avanços teriam que ser trabalhados dentro do modelo apresentado: índice e abono.
Na semana passada, os banqueiros apresentaram reajuste de 7% nos salários, abaixo da inflação, e abono de R$ 3,3 mil. Todavia, os bancários rejeitaram esta proposta ainda na mesa de negociação.
“O abono não nos interessa porque não incide sobre a verba salarial. É muito melhor recebermos 1% de ganho real do que R$ 3 mil de abono. Se aceitarmos a atual proposta patronal, irá aumentar a defasagem do nosso salário”, explica o diretor do Sindicato dos Bancários, Claudenir Freitas.
Após a reunião desta quinta, o Comando Nacional dos Bancários orientou a continuidade da greve com mais força em todo o Brasil. Uma nova rodada de negociação será agendada para a próxima semana.
A categoria reivindica reajuste de 14,78% (reposição da inflação do período mais 5% de aumento real), valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) e PLR de três salários mais R$ 8.317,90.
Em Santa Maria, greve segue forte
Nesta quinta, em Santa Maria, a greve começou a ganhar mais força entre os funcionários do Banco do Brasil. A agência Mariano da Rocha, na UFSM, não realizou atendimento hoje. Esta foi a primeira vez que uma agência do BB paralisou completamente suas atividades nesta campanha.
O quadro geral da greve segue inalterado na região Central do Estado, com 44 unidades paralisadas total ou parcialmente. Confira abaixo.
Quadro da greve nesta quinta-feira (15)
Itaú
Centro (Avenida Rio Branco, em frente ao Carrefour) – Fechada
Catedral (Avenida Rio Branco) – Fechada
Medianeira – Fechada
HSBC
Centro (Avenida Rio Branco) – Fechada
Santander
Centro (Rua do Acampamento) – Fechada
Medianeira – Fechada
Bradesco
Centro (Avenida Rio Branco) – Fechada
Presidente Vargas – Fechada
Caixa
Santa Maria
Centro – Fechada
Morotin (Rua Doutor Bozano) – Fechada
Imembui (Avenida Medianeira) – Fechada
Universidade – Fechada
Boca do Monte (Tancredo Neves) – Fechada
Mallet (Avenida Presidente Vargas) – Fechada
Coração do Rio Grande (Fórum) – Fechada
Camobi – Fechada
Região
Jaguari – Fechada
Júlio de Castilhos – Fechada
Tupanciretã – Fechada
Agudo – Fechada
Faxinal do Soturno – Fechada
São Sepé – Fechada
Restinga Seca – Fechada
São Pedro do Sul – Fechada
Banrisul
Santa Maria
Centro – Parcial
Bozano – Fechada
Tancredo Neves – Fechada
Camobi – Parcial
Medianeira – Parcial
Dores – Fechada
Policlínica – Parcial
Região
São Sepé – Fechada
Tupanciretã – Parcial
Júlio de Castilhos – Fechada
Cacequi – Fechada
Itaara (PAB) – Fechado
Formigueiro – Parcial
Banco do Brasil
Santa Maria
Mariano da Rocha (UFSM) – Fechada
Niederauer – Parcial
Presidente Vargas – Parcial
Centro – Parcial
Tancredo Neves – Parcial
Medianeira – Parcial
Região
Júlio de Castilhos – Parcial
PROCON, vamos lá, faça a sua parte, notifique o sindicato e tasque-lhes uma boa multa.
Todos os bancos devem funcionar com 30% no mínimo para atender a sociedade, como deve ser, inclusive os caixas.