CampanhaEleições 2016JornalismoMídia

DEMOCRACIA? Mesmo que o STF permita, RBS fará debate sem três dos oito candidatos a prefeito de SM

 

No debate na Cacism, a Associação dos Veículos (do qual a RBS faz parte) foi democrática e convidou todos os candidatos (foto Arquivo)
No debate na Cacism, a Associação dos Veículos (do qual a RBS faz parte) foi democrática e convidou todos os candidatos (foto Arquivo)

Não há reparos legais a fazer. Afinal, segundo a reforma eleitoral (que não passará dessa eleição, com certeza), candidatos majoritários cujos partidos (ou coligações) não tiverem pelo menos 10 deputados federais poderão ser deixados de lado dos debates, por quem os promover. Registre-se, no entanto, que o Supremo Tribunal Federal permite a participação dos pequenos, desde que convidados.

Assim, a RBS-TV atende à lei (e ignora o STF), na formatação do seu debate pré-eleitoral marcado para 29 deste mês, a quatro dias do pleito municipal. Convidou apenas Fabiano Pereira (PSB), Jorge Pozzobom (PSDB), Marcelo Bisogno (PDT), Jader Maretoli (SDD) e Valdeci Oliveira (PT). Limou do seu espetáculo eleitoral os candidatos Alcir Martins (PSOL), Paulo Weller (PSTU) e Werner Rempel (PPL).

Convenhamos: é um ataque à democracia em honra ao formalismo e ao tempo disponível na televisão, ainda que saibamos tratar-se de uma concessão PÚBLICA, e não uma propriedade privada comum. Melhor fez a Associação dos Veículos de Comunicação de Santa Maria (da qual a RBS faz parte) que, em conjunto com a Cacism, realizou debate no último dia 19 de agosto e convidou a todos. Isso é democracia. O resto… É o resto.

EM TEMPO: A Associação (da qual os veículos da RBS são integrantes) e a Cacism farão debate com os candidatos a vice-prefeito, na próxima sexta-feira. E todos os oito candidatos serão convidados. É como tem que ser. Ponto.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

9 Comentários

  1. A grande questão como apontada pelo jornalista não é a legalidade do ato, a legalidade é um fato indiscutível e sim a falta de apreço pela liberdade….a questão é ter um compromisso de levar a informação e selecionar quem irá expor suas ideias…..pessoalmente concordo com a frouxidão da lei que facilita a existência de partidos de aluguel, mas seja bem que este não é o caso, pq contém pelo menos dois partidos de esquerda com ideologias claras…..algo muito mais fundamentado do que muitos candidatos por siglas mais tradicionais….e não falo em benefício próprio pq não irei votar em nenhum dos três (por realmente não terem condições práticas que ganharem a eleição e afinidade ideológica pessoal com outro candidato) e sim como cidadão que ainda acredita na democracia, como espaço de voz para todos..até para quem me critica…não é o caso da RBS pelo jeito….

  2. A lei da nossa democracia diz que partidos nanicos não são obrigados a fazerem parte de um debate.

    E isso é para compensar a extrema liberalidade que a lei dá para se abrir partidos nesse país.

    Democracia não é “chacrinha”.

  3. De quem são os meios de comunicação? A mídia é uma concessão do estado, e deve agir da mesma forma, mostrando para todos e todos fazendo sua parte a DEMOCRACIA sempre será privilegiada. Onde estamos no Brasil democrático ou em um país que todos comentamos da América do Sul, que isso meus amigos, deixem de frescura, temos jornais locais, colocamos nossas informações em horários que servem para oxigenar o cérebro, e agora isso? Partidos com pessoas fracas e com idéias absurdas vão para ruas falar besteiras, o Povo esta cansado de ver esse problema não resolvidos, tudo bem, mas abram para todos…

  4. Cláusula de barreira foi mais uma do Marco Aurélio Mello, ficaram com pena das minorias e deu no que deu.
    Geisel durante a abertura falou: “E um processo que foi imaginado para evitar que, amanhã, o Brasil tenha 10, 12, 14 partidos e aí, aravés da corrupção, começassem a vender legendas.” Daí a emenda constitucional 11 de 13 de outubro de 1978 veio com “Não terá direito a representação o partido que obtiver votações inferiores aos percentuais fixados no item II do parágrafo anterior, hipótese em que serão consideradas nulas.” Quais as votações? “apoio, expresso em votos, de 5% (cinco por cento) do eleitorado, que haja votado na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, distribuídos, pelo menos, por nove Estados, com o mínimo de 3% (três por cento) em cada um deles;”. Contituição de 88 matou isto.
    E os “limados” não irão ficar parados, podem fazer eventos paralelos, podem aproveitar as redes sociais e fazerem streaming comentando o próprio debate. Ultimo dia de campanha é dia 30.

  5. Certos jornalistas têm birra contra a RBS. Mas quando convém utilizam publicações da empresa.
    Neles se juntam duas características (na verdade um pleonasmo em mais de 90% dos casos): jornalista e miltante de esquerda. Delas extraem uma qualidade: superioridade moral auto-atribuída que legitima o julgamento de quem quer que seja.
    O que se vê? RBS apesar de ter a faculdade de não convidar três candidatos seria “obrigada moralmente” a convidar todos em nome da “democracia”.
    Concessão pública significa que o concessionário tem que obedecer o contrato e a legislação. As controvérsias serão resolvidas no fórum. Não neste caso, não há possibilidade jurídica. Há mi mi mi e chorôrô.

  6. Ataque à democracia é ir contra a lei. O STF não mudou a lei, apenas “fez onda” dando uma “colher de chá” aos nanicos.

    Se a lei não está sendo justa para os nanicos, por outro lado eles nem deveriam existir. A lei está liberal demais para permitir tantas facilidades na criação de partidos nesse país. Sim, por isso é preciso criar filtros. Se todos os partidos registrados ocasionassem a “oferta” de 35 candidatos à prefeitura de Santa Maria, haveria reais condições de se fazer um debate qualificado, que é o que uma democracia precisa? Que adianta dar voz a quem não tem nem quadros para preencher um secretariado completo? Colocariam os vizinhos deles? Democracia não pode ser “chacrinha”.

    Reportagens de várias empresas de mídia mostraram como o Congresso foi fatiado por vários dos partidos nanicos, que foram formados para se venderem a partidos maiores e abocanharem uma boa grana do fundo partido partidário. Isso tem de acabar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo