DESAFIO. Carlos Costabeber e a necessidade de fazer mais pela cidade: próximos 2 anos são decisivos
“…Se Santa Maria quer entrar nessa briga de cachorro grande, temos de pensar grande e agir da mesma maneira. Para atrair investimentos, precisamos ter profissionais qualificados a nosso serviço. Como sempre digo, “dinheiro não aceita ofensa”, e esse pessoal que está disposto a investir, quer receber um tratamento de alto nível.
Até a criação da Agência, sempre trabalhamos de forma amadora, dependendo do voluntariado de umas poucas lideranças. Assim foi, desde o tempo da Conselho de Desenvolvimento de Santa Maria, lá nos anos 60. De lá para cá, continuamos pensando pequeno, esperando que os investimentos nos caiam no colo (como o caso da alemã KMW).
Por isso, precisamos de mais recursos para contratar pesquisas de viabilidade econômica, de oportunidades mercado, de previsões consistentes para o futuro. Apesar da capacidade das nossas universidades em produzir tais avaliações, para atrair o interesse dos empreendedores de fora, precisamos…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo “Santa Maria: dez anos em dois”, de Carlos Costabeber – graduado em Administração e Ciências Contábeis pela UFSM (instituição da qual é professor aposentado), com mestrado pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, com especialização em Qualidade Total no Japão e Estados Unidos. Presidiu a Cacism, a Câmara de Dirigentes Lojistas e a Associação Brasileira de Distribuidores Ford. É diretor da Superauto e do Consórcio Conesul.
Não sei como andam as finanças da prefeitura, mas desconfio que não tenham folga para aportar recursos em qualquer coisa. Economia vai mal. As renúncias fiscais do governo federal (inclusive para as montadoras de carros) afetam o fundo de participação dos municípios. O Estado latu sensu tem poucos recursos e tenta fazer coisas demais. Não dá conta do básico, saúde, educação e segurança. E muita gente quer que o Estado resolva tudo. Economia básica, necessidades ilimitadas e recursos limitados.
Pesquisas de viabilidade econômica. Empresas de grife que usem o prestígio para chancelar os dados a serem apresentados. Parece que que SM é um paraíso para os negócios e o problema é marketing ou pode ser resolvido com marketing. Empresas de grife têm reputação a defender e não vão chancelar nada que não corresponda aos fatos. Além disto, prestam serviços para empresários também, fregueses antigos. Sem falar que grandes empresas também fazem estudos de viabilidade econômica.
Santa Maria precisa de um choque de realidade. Trazer economistas de fora (Igor Morais, Aod Cunha e outros) para palestrar sobre metade sul. Quebrar o paradigma de trazer gente que só fala o que o pessoal daqui gosta de ouvir. Descobrir se SM tem vocação para mais alguma coisa além do que já é.