Juros. Para quem quer crescer, ideal seria uma queda grandona. Não é o que está pintando
É uma discussão e tanto, essa. E que normalmente tem como perdedor o brasileiro que quer investir, crescer e gerar emprego, renda e lucro – que poderá ser reinvestido para trazer ainda mais emprego e renda. É o tal círculo virtuoso da economia, que traz benefícios para todo mundo. É, mas não é assim, quando se discute a taxa de juros vigorante no país.
O problema é que sempre há um problema. Hoje, a taxa básica de juros, também conhecida como Selic, neste momento fixada em 12,75%. Ela é o mínimo cobrado, em termos reais, por quem financia, especialmente bancos, e se reflete em todos os setores econômicos. Já foi maior, bem maior. Mas ainda é pornográfica, se comparada com outros países que vivam um mínimo de estabilidade. Como é o caso brasileiro.
Há quem diga, como o ex-presidente do Banco Central, Edmar Bacha, que a taxa poderia ser até 2,5% menor (confira, mais abaixo, as sugestões de leitura). Ele até não está sozinho. Muito pelo contrário: todos os que trabalham querem o mesmo. E até mais. Mas não é o que pensam os que decidem.
De maneira que nesta quarta-feira, quando se reunir o chamado Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, o mais provável é que a taxa baixe mísero 0,25%, ficando a Selic em 12,5%. Raríssimos são os que acreditam numa queda de 0,5%. O que é ruim, para aqueles idiotas (entre os quais me incluo) que gostariam de investir mais no próprio negócio. E para os trabalhadores assalariados (ou não), que poderiam obter financiamentos melhores para aquisição da casa própria, para ficar noutro exemplo. Que pena!
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a reportagem BC volta a revisar Selic; 57% condenam política de juros, de André Barrocal, publicada no site da Agência Carta Maior.
Leia também a notaMercado mantém aposta de corte de 0,25 ponto da Selic, divulgada pela agência de notícias britânica Reuters, em texto assinado por Renato Andrade.
Por fim, vale a pena conferir a nota Juros deveriam ser 2,5 pontos mais baixos, publicadas pelo jornalista Paulo Henrique Amorim, na página que ele edita na internet.
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