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ANÁLISE. O segundo turno já começou. Valdeci e Pozzobom já tratam de amealhar apoios para dia 30

Pozzobom e Valdeci já começam a projetar o segundo turno. O espólio eleitoral dos derrotados está em disputa por ambos (foto A Razão)
Pozzobom e Valdeci já começam a projetar o segundo turno. O espólio eleitoral dos derrotados está em disputa por ambos (foto A Razão)

É improvável que todos os partidos derrotados no primeiro turno declarem, a partir de agora, apoio a um dos vencedores, o petista Valdeci Oliveira e o tucano Jorge Pozzobom (AQUI, os números finais). Inclusive porque, como se sabe, de um lado há quem prefira que a adesão se dê sem notícia alguma, e, de outro, e mais importante, nenhum é líder suficientemente capaz de transferir automaticamente os votos.

No entanto, é evidente que, já nas festas das vitórias iniciais de Valdeci e Pozzobom, o assunto esteve em pauta. Mais que isso: apoiadores de derrotados, no Feicebuqui, inclusive apareceram declarando seu voto na rodada definitiva, que acontece em 30 de outubro.

Com base na história e até nos comportamentos recentes, não é impossível adiantar algumas coisas. Que começam a ser negociadas já nesta segunda-feira. Exemplo? Haverá quem, derrotado em primeiro turno, queira ver algumas de suas propostas acolhidas pelo possível apoiado. É normal. É da política. E assim acontecerá.

Este editor tem algumas convicções, com base no que conversou, ainda antes do turno inicial, e na noite deste domingo, com militantes e graúdos das agremiações. Assim é que:

1) Pozzobom poderá contar, muito possivelmente, com o apoio da maior parte dos ligados ao pastor Jader, que foi uma surpresa positiva das urnas, ombreando e lutando com Fabiano Pereira (PSB) pelo terceiro lugar.

2) O tucano também terá o apoio de parte do PMDB. Mas não de todo. Os mais ferrenhos schirmistas não escondem sua ojeriza a Pozzobom, por razões históricas não tão longínquas. Também dificilmente terá a adesão dos farrezistas do governo. Ficará contente se eles se mantiverem neutros.

3) Há uma incógnita instalada no PSB. Parte dele se manterá alheia. Outra  (talvez menor) irá com o PSDB e uma terceira, quem sabe significativa, até por razões históricas e porque não se contaminou com o radicalismo da ruptura com o PT, poderá fechar com Valdeci. Oficialmente, porém, a posição deve ser de neutralidade.

4) O PDT e o PPL, forças significativas deste primeiro turno, tendem a apoiar Valdeci Oliveira. Desde que algumas de suas propostas sejam acolhidas. O que é muito possível.

5) Os partidos mais à esquerda parecem bem claramente colocados. O minúsculo PSTU pregará o voto contra todo mundo. O PSOL, que teve um desempenho menor que o esperado, poderá ficar neutro. Mas boa parte de seus militantes (e votos) migrará para Valdeci.

6) Partidos fortes ligados a Fabiano no primeiro turno, como PSD e PTB, que elegeram vereadores, deverãoliberar seus filiados. Que se dividirão entre Pozzobom (mais) e Valdeci (menos). O Rede é Jorjão. Que é Fabiano. Portanto…

7) Todas as hipóteses anteriores são factíveis. O que não quer dizer realizáveis. O futuro, isto é, os próximos dias, é que dirá.

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4 Comentários

  1. O Fabiano poderia fazer o segundo turno na cidade ter “mais emoção” se decidisse apoiar o Pozzobom, afinal, saiu do PT só nas aparências? Ou está com saudades?

  2. Vejamos:
    Valdeci: 29,68% real contra 23,8% da pesquisa.
    Pozzobom: 29,2% real contra 25,5% da pesquisa.
    Fabiano: 13,77% real contra 12,8% da pesquisa.
    Jader: 13,22% real contra 1% da pesquisa.
    Bisogno: 8,49% real contra 5,5% da pesquisa.
    Werner: 4,69% real contra 4,8% da pesquisa.
    Branco/nulo: 8,24% real contra 14,5% da pesquisa.
    Aí entram dois dados importantes: abstenção de 20,89% nas urnas e rejeição de 39,5% de Valdeci na pesquisa (contra 31% de Pozzobom). Como a abstenção foi alta no primeiro turno, a polarização tende a diminuir a mesma devido a rejeição dos candidatos. Também entra em jogo a capacidade de transferir votos dos “apoiadores”. E os recursos disponíveis de campanha. PSDB tem uma briga de foice na capital (cuja prefeitura é caminho para candidatura ao governo do estado). PT saiu na frente em São Leopoldo e Canoas, ma tem problema sério de rejeição, briga vai ser feia (nos outros lugares levou ferro).

  3. O interessante na análise é que é “desinteressada”.
    Vejamos:
    Pozzobom terá apoio do pessoal do Jader.
    Pozzobom terá apoio de parte do PMDB, mas não todo. Schirmistas e Farrezistas (em grande parte) estão fora.
    PSB parte significativa com PT.
    Bisogno e Wernter com PT.
    Nanicos são nanicos.
    Pozzobom está lascado, só tem Jader, todo os demais com Valdeci.

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