DO FEICEBUQUI. A dor (da derrota) e a cautela (da vitória). Santa Maria x Erechim. Ah, e tem a autocrítica
O editor tem publicado observações curtas (ou nem tanto) no seu perfil do Feicebuqui que, nem sempre, são objeto de notas aqui no sítio. Então, eventualmente as reproduzirá também para o público daqui. Como são os casos desses textos, que foram postados na rede social nas últimas horas – dois deles dos amigos Lucas Machado e Paulo Caetano. Confira:
EI, GENTES…
…muita calma nessa hora.
Vale para quem perdeu. Que está doído pela derrota mínima. Mas derrota. Ponto.
Vale para quem ganhou. Que assume uma responsabilidade muito além do que se imagina. Uma tarefa gigantesca. Que tenha êxito, porque nós todos é que ganhamos. Ponto.
Mas, também, se não quiserem ficar calmos, ok. Só não digam que o careca não falou. kkkk…
CALCULA ENTÃO EM ERECHIM!
Se meus amigos petistas estão tristes (e os meus amigos tucanos estão alegres) em Santa Maria, com a diferença de 226 votos, imagina como ficaram os petistas e tucanos de Erechim.
Lá, no primeiro turno, a diferença foi de 12 (vou repetir, dooozeee) votos. Ah, lá também o PSDB (e um punhado de partidos, inclusive o PP) venceu o PT (e um punhado de outras siglas, inclusive o PMDB)
Assim é a democracia, gentes. Assim é.
UMA OPINIÃO…
…do lado que perdeu essa eleição. No caso, a de Lucas Machado:
“Ainda bem que a vida não acaba a cada derrota ou vitória. Parabéns ao candidato eleito e obrigado a tod@s que acreditaram em Valdeci e Helen.
Avaliar a derrota e seguir a caminhada é preciso. Força ao campo progressista.
Boa noite!”
UMA NECESSÁRIA…
…autocrítica. Paulo Afonso Caetano a advoga, ainda que, talvez, com outras palavras:
ELEIÇÕES ENCERRADAS. A exploração de equívocos do PT devolveram ao conservadorismo o poder no Brasil. Penso que devemos aceitar serenamente os resultados e reconstruir uma alternativa voltada aos interesses populares, em boa base ética. Continuar chorando o golpe (que houve!) é fortalecer o discurso falso-moralista. Quem ganhou, que governe! A esquerda precisa fazer uma análise sensata, reconhecer erros, inclusive políticos, e se reapresentar como alternativa. Pra frente é que se anda!
Tentando ser otimista neste novo cenário “espraiado pela onda azul”, que muitos teimosamente neguem que exista, percebe-se que entre mortos e feridos a hora não é de sentar no meio fio e chorar as pitangas ou destilar rancores anteriormente inconfessos.Sim, chega de mimimi. Vida que segue. E estamos todos no mesmo barco, vermelhos, azuis e os descoloridos também.Assim como não dá pra sair por aí dizendo: “Bem feito, envergonhem-se pelo que vocês representam.Sintam-se banidos para sempre do cenário político brasileiro”, também não dá pra se iludir dizendo: “Vamo lá turma.Vamos arregaçar as mangas e acreditar que tudo vai ficar bem, pois já estamos num cenário de crescimento, a gasolina baixou, milhões de dólares já foram repatriados,etc.”Muita calma nesta hora, mesmo.Por que no final, quem paga a conta mesmo, é o cidadão, aquele mesmo que votou a, b, que votou em branco, e até anulou o voto.Deste racha, ninguém escapa.
Progressista só porque querem que o mundo progrida para a idade da pedra lascada. Porque idade da pedra polida é muita modernidade.
Querem reconstruir uma alternativa com base ética sem fortalecer o falso moralismo. Querem continuar a fazer o que sempre fizeram, depois de uma “autocrítica”. Globo e você, tudo a ver!
Curioso que os petelês chamam os contrários de “conservadores”, como se o discurso de sempre, de duzentos anos atrás, e a anarquia e quebradeira que fizeram no país fosse algo “prá frente”, moderno, certo ou mais digno.