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VIROU GUERRA. Depoimentos de eleitora sugerem crime, chegam à Justiça e incendeiam a campanha

Na sexta-feira, a coligação “Juntos por uma Santa Maria melhor” mostrou imagens dos estragos provocados pela chuva. Tudo conjugado com depoimentos de vítimas do problema, que, por sua vez, responsabilizaram a administração municipal – defendida pela aliança “Santa Maria não pode parar”. 

 

Ontem, o grupo governista fez acusações, no programa do início da tarde, de fundo moral, em que questionava o uso de pessoas sob forte emoção, como mote para a busca de votos. À noite, pegou mais pesado: apresentou depoimento de uma senhora (que havia estado no programa da oposição na sexta-feira) em que ela, mais que desmentir o que havia dito, disse ter recebido contrapartida para falar contra o governo municipal.

 

Sinteticamente, sem descer a muitos detalhes, e nem fazer juízo de mérito, é o que ocorreu. E agora, qual o efeito de tudo isso? Do ponto de vista meramente eleitoral, ainda é impossível medir – próximas pesquisas poderão permitir uma avaliação. Do ponto de vista político-jurídico, porém, o que se tem é um grande forrobodó, que será resolvido no Poder Judiciário.

 

Assim, o que temos, e conversei ontem à noite com as duas partes, é uma, digamos, “notícia-crime”, da coligação “Santa Maria não pode parar”, ao Ministério Público Eleitoral. A acusação: crime eleitoral cometido pelo grupo que tem Cezar Schirmer como candidato a prefeito. Mais especifica e, quem sabe, precisamente, “compra de uma opinião favorável a um e contrária ao adversário”. Conseqüência: se comprovada, a impugnação da candidatura, num primeiro momento; ou, se acontecer, a impugnação da vitória da parte que cometeu o crime. Mais: segundo Estilac Xavier, da coordenação da campanha da aliança que tem Paulo Pimenta como cabeça de chapa, haveria ainda a possibilidade, dependendo do que fizer o Ministério Público, de entrar com uma ação direta.

 

De outro lado, com visível (ou, no caso, audível) irritação, o responsável pela área jurídica da aliança “Juntos por uma Santa Maria Melhor”, o advogado Robson Zinn, informou que entrará hoje com duas ações, na Justiça Eleitoral. Em ambas, pede direito de resposta, tanto às manifestações do programa da tarde quanto às da noite. E numa delas, especificamente em relação ao novo depoimento da moradora, desmentindo o que dissera na sexta-feira, a acusação é de “crime eleitoral”, que seria demonstrado pela “produção de prova ilícita” por parte da aliança “Santa Maria não pode parar”.

 

RESUMO DA ÓPERA: a campanha eleitoral virou guerra. A Justiça, como de certa maneira já se previu neste sítio, terá muito trabalho. E o detonador do enrosco mais recente, quem sabe, foi a pesquisa do Diário de Santa Maria, publicada no sábado, e sobre a qual, se você quiser saber a minha análise, basta clicar aqui, aqui e aqui.

 

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