POLÍTICA. Farret entrega defesa à Câmara. E ainda não anunciou quem pretende apoiar no segundo turno
Duas informações importantes envolvendo o prefeito José Haidar Farret, no cargo desde o dia 6 de setembro – quando o até então titular, Cezar Schirmer, formalizou sua renúncia.
Uma delas chega da Câmara de Vereadores, onde é objeto de uma Comissão Processante que avalia possível crime de improbidade, a partir da denúncia (acolhida pela maioria dos edis) de um cidadão da cidade.
Farret, segundo informa a Assessoria de Imprensa do Legislativo, entregou sua defesa prévia nesta quinta-feira. O material será avaliado na próxima terça-feira, conforme anunciou, na sessão ordinária da Câmara, o presidente da Comissão, vereador Admar Pozzobom.
O atual prefeito, segundo a denúncia, teria utilizado dois cargos de confiança do Executivo Municipal, para o auxiliarem na atividade privada. Além de Pozzobom, compõem o colegiado que apura a denúncia, os edis Jorge Trindade, do Rede, e Ovídio Mayer, do PTB. Como curiosidade, o trio foi reeleito no último dia 2 de outubro.
A segunda questão envolvendo o prefeito José Farret é de natureza político-eleitoral. Na última sexta-feira, em entrevista coletiva (que deve se repetir hoje), ela disse que analisaria as propostas dos dois candidatos finalistas à Prefeitura, para decidir o seu voto. A questão é: já fez isso? E fará o anúncio? Pois é.
Comentário não tem muito a ver. Assisti documentário sobre o New York Times outro dia. Um dos depoentes falou a respeito do jornalismo “on-line” e como ele afeta a edição impressa. O busílis é o balanço ente o que merece ser noticiado e o que intessa o público.
O exemplo (se lembro bem) era uma eleição fora de época num estado ou numa cidade. Colocaram no site num dia e iria sair na edição impressa no dia seguinte. Problema é que quase ninguém abriu a noticia na internet, o interesse foi por outro assunto. Como resultado a eleição foi limada da edição impressa, foi substituída.
Tudo isto para dizer que daqui dois meses e meio Farret sai da vida política para entrar na história. É o que os americanos chamam “lame duck”.