COLUNA OBSERVATÓRIO. “Comitês pró-Serra e Dilma e a dificuldades dos grandões”
Serra e Dilma: comitês suprapartidários, uma virtual impossibilidade
Oficialmente, a aliança em torno de José Serra (PSDB, DEM e PPS) tem razoável representatividade em Santa Maria. Mas, sozinha, não toca a campanha – assim como se espera de um protagonista da eleição presidencial. O interessante é que há muitos graúdos de outras siglas, como o PP, por exemplo, que também fecham com o tucano. Porque acreditam na proposta ou (que também existem) por não quererem novo período petista. Então, por que é difícil formar um comitê suprapartidário?
A coligação que sustenta a candidatura de Dilma Rousseff tem como cabeças o PT e o PMDB. Em Santa Maria, são as que contam com o mais numeroso elenco de militantes. Formalmente, mais de 10 mil. É gente que não acaba mais. E se contar as siglas aliadas, se verá que não falta matéria-prima para uma campanha portentosa. Daí, vale a mesma pergunta: por que também esse grupo tem dificuldade para montar um aparato suprapartidário?
Na verdade, embora aparentemente ininteligível, numa outra comuna, aqui na boca do monte, como de resto na maior parte do Rio Grande, interesses provinciais e sobretudo disputas locais se sobrepõem a qualquer interesse nacional. Há quem se escude, e é legítimo, no cargo. Caso de Cezar Schirmer. Até as pedras sabem que, embora a boa relação com Dilma, ele é Serra. E os demais, aí incluídos dirigentes de peso, preferem não se envolver.
Resumo da ópera: se algum comitê for habilitado, dificilmente terá as estrelas. Pelo menos não na linha de frente. Na prática, a campanha de Serra será tocada só por PSDB e DEM. E a de Dilma pelo PT. O PMDB é “imparcialmente ativo”. E o PP só se preocupa com a eleição para o Senado. Logo…
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