O futuro do jornalismo – por Maiquel Rosauro
Trinta e três. Este é o número de candidatos ao vestibular da Unifra para o curso de Jornalismo. São 40 oportunidades, concorrência de 0,82 por vaga. E o problema desta demanda tão pequena não é a Unifra. A instituição, os laboratórios, os professores e os técnicos são excelentes.
Eu devia ter uns 16 anos quando descobri, em um laboratório de Redação, no Cilon Rosa, que queria ser jornalista. Hoje, não sei o que atrai os jovens para a minha profissão. Mas, com certeza, não é o salário. O piso de repórter no Interior ou na Capital não sustenta uma pequena família.
Embora a palavra crise tenha sumido da mídia tradicional após Michel Temer tomar o poder, ela permanece assombrando o jornalismo brasileiro. Há dez anos, quando conclui a graduação, havia mais jornalistas nas redações, os focas ganhavam mais oportunidades e as rádios locais investiam mais em qualidade. Porém, com a crise veio o passaralho, os anunciantes puxaram o freio e ainda estamos tentando entender como ganhar dinheiro com a internet.
Empresas que exigem exclusividade tornam-se cada vez menos atraentes. A tendência é os bons profissionais continuarem no mercado, mas acumulando funções e com o salário cada vez mais desvalorizado.
A não obrigatoriedade do diploma para atuar na área foi outro duro golpe na profissão. Embora seja desejável ter a formação profissional, na prática, qualquer pessoa pode, legalmente, atuar como jornalista no país.
Mas nada está perdido, está apenas em transformação. Embora esteja difícil ingressar no mercado, novas oportunidades estão surgindo, sobretudo, relacionadas à comunicação online. Vejo colegas obtendo sucesso na área de marketing digital. Em tempos de Facebook, Twitter e Instagram, o futuro da profissão pode estar bem na nossa frente.
OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a imagem que ilustra este artigo é uma reprodução da internet.
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