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O FUTURO. Lei permite que Pozzobom interfira na proposta de Orçamento. E ele deverá mesmo fazer isso

Jorge Pozzobom em entrevista a A Razão: prioridades a ser enfrentadas, com ênfase para a saúde. E ele pode mudar mexer no Orçamento
Jorge Pozzobom em entrevista a A Razão: prioridades a ser enfrentadas, com ênfase para a saúde. E ele pode mudar mexer no Orçamento

A dedução é óbvia: o prefeito eleito Jorge Pozzobom, em todas as entrevistas dadas até aqui, desde domingo, tem enfatizado sua intenção de, no primeiro ano, dar atenção prioritária à Saúde, a principal queixa ouvida ao longo da campanha eleitoral. Mas também pretende propor uma reforma administrativa, que reduza o número de secretarias (e cargos).

No caso da Saúde, chegou a dizer, inclusive, que tirará recursos de outros lugares, se necessário, para que a ideia seja tornada fato. Daí porque é bastante interessante a ideia dos vereadores que, ao aprovarem a Lei de Diretrizes Orçamentárias, acrescentaram emenda que permite ao prefeito eleito fazer suas próprias sugestões. A tendência é que ele faça isso mesmo, pode-se afirmar sem qualquer receio.

Aliás, a propósito do que tem falado Pozzobom, vale conferir o material originalmente publicado no jornal A Razão – que traz, inclusive (veja a imagem), um resumo da proposta de Orçamento enviada ao Legislativo pelo prefeito José Haidar Farret.  A reportagem, com a entrevista, é de Joyce Noronha e Maurício Araújo, com foto de Deivid Dutra. Nela, Pozzobom fala também em Educação, corte de gastos, Gabinete de Governança, transição entre o atual e o próximo governo e uma série de outros temas. Confira um trecho, a seguir:

Ainda comemorando a vitória, mas com cabeça e olhos na gestão da Prefeitura

a-razao-pozzobom-tabela-do-orcamento“PRECISO TER CERTEZA DO ORÇAMENTO PARA DEPOIS TER CERTEZA DOS INVESTIMENTOS”

A Razão – O senhor falou muito durante a campanha sobre redução de Cargos em Comissão (CCs) e do número de secretarias. O senhor já sabe quais pastas serão cortadas na sua gestão?

Prefeito eleito propôs alteração no orçamento para adequá-lo ao seu projeto

Pozzobom – Não. Mas sei que vão ser cortadas e sei que haverá fusões. Tem 22 secretarias hoje. Na verdade, vai ser necessário estudar esta questão. Mas que vou reduzir este número sim. Não quero comprometer o serviço. Esses dias eu fiz um cálculo. Se eu puder unir três secretarias em uma, só em cargos, eu economizo R$ 700 mil por ano. Só em cargos. Este valor vezes quatro (anos) são R$ 3 milhões.

A Razão – O senhor tem o apoio de 15 vereadores eleitos para a próxima gestão. Isso vai ser um facilitador? Como pretende lidar com os outros seis parlamentares que serão da oposição?

Pozzobom – Não se governa sozinho. Eu fui oposição no governo (do ex-governador) Tarso Genro, do PT, mas 90% dos projetos que ele enviou para a Assembleia eu apoiei, eu votei a favor. Eu fui vereador e tenho absoluto respeito pela Câmara de Vereadores e nós vamos trabalhar de maneira que os parlamentares possam discutir o orçamento com o prefeito. Todos os vereadores, inclusive os de oposição. Quero ter um diálogo muito bacana com todos eles. O Poder Executivo e o Poder Legislativo são independentes, mas harmônicos entre si. O que eu jamais vou fazer é impor que os vereadores vão votar como eu quero, nem exigir isso deles por que são apoiadores.

A Razão – O senhor tem ideia de quando vai anunciar o secretariado? E a equipe de transição?

Pozzobom – Eu vou pedir para o (prefeito) doutor Farret para ele indicar as pessoas. Não vou chegar lá e dizer eu quero esse ou aquele. Eu até posso ter as minhas preferências, mas eu não posso ser desrespeitoso. Vou conversar com ele. A única certeza de nomes que eu tenho sobre a próxima gestão é de duas pessoas: Jorge Pozzobom e Sergio Cechin (PP, vice-prefeito). Tem uma coisa que nós dois temos que tratar, e sobre isso nós não conversamos ainda. Depois que eu e o Cechin conversarmos, nós vamos anunciar quem são os nossos que farão parte da equipe de transição. Primeiro vou conversar com meu vice, depois com o doutor Farret. Eu pretendo participar do processo de transição, isso é certo. Pretendo participar de tudo. Teremos o Gabinete de Governança que vai participar de tudo.

A Razão – O que é o Gabinete de Governança?

Pozzobom – É o prefeito, o vice-prefeito, o jurídico e os técnicos de áreas afins. Este Gabinete vai dar as diretrizes. Não é uma secretaria, o nome “Gabinete de governança” é só um espaço de onde sairão decisões. Tem três pilares deste gabinete: Saúde, Segurança Pública e Desenvolvimento Econômico, com geração de emprego e renda. E estes três pilares terão foco direcionado, como se fossem três luzes estampadas na Educação. Porque a Educação é o alicerce de tudo.

A Razão – Já que o senhor tocou no tema Educação, uma de suas propostas de campanha é concluir as creches do Pró-Infância. Como fazer isso se o governo federal anunciou que não tem como repassar verbas aos municípios para esta finalidade?

Pozzobom – Mas este dinheiro já está aí. Primeiro eu vou fazer uma, depois fazer a outra e assim por diante. Uma de cada vez, mas vou fazer bem feito. Nada de fazer pela metade.

A Razão – O senhor viu alguma proposta de seus concorrentes que gostaria de utilizar durante a sua gestão?

Pozzobom – Não tenho como utilizar proposta do Valdeci, por que a proposta dele dizia que não tem problema em endividar o município. Como é que eu vou aproveitar? O cara quer criar secretaria, quer endividar o município, quer criar alvará provisório, tudo que o PT faz é provisório. Eu tenho um projeto que a gente debateu bastante, que está bacana, construído a muitas mãos…”

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4 Comentários

  1. Temos 22 Secretarias? Eu, que me acho geralmente bem informado, nessa “caí do cavalo”.

    A Merkel governa toda a Alemanha com 14 ministérios. A Alemanha é bem maior que Santa Maria, concordam?

    Está aí uma boa forma de cortar despesas, Pozzobom. Corte, sem dó nem piedade, não as mantenha apenas para atender a partilha com coligados. Órgão público não existe para ser “pinheirinho de enfeite” de coligados.

  2. Não falem mais em balonismo, estamos “por aqui”. A primeira vez foi novidade, agora é só dinheiro público mal gasto, jogado fora.

  3. Tem muito o que cortar. Turismo por exemplo. Santa Maria não é Gramado, nem tem vocação para ser. Tem gente que saiu daqui para congresso na cidade serrana e reclama de ficar preso, perder duas horas para contornar queda de barreira. As quatro horas que levaram para chegar lá não contam.
    No domingo da eleição tinha gente falando em turismo e semana acadêmica (e em renda per capita da aldeia, Pareto se revolveu na cova), em convention bureau, etc. Logo vem a tentativa de “morder” dinheiro público. É o investimento que daqui a cinquenta anos pode ser que dê certo, um tiro na lua. Resumo: dinheiro mal gasto.
    Falam também no festival de balonismo. É bom não esquecer aquele encontro de motoqueiros de meia idade e classe média alta da comuna. Aquilo sim tem que ser repensado.

    1. O Brando se é para falar bobagem é melhor ficar quieto, concordo com o prefeito que a prioridade é SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA, mas sem incentivos e invertimentos a cidade vai viver do que?? não esquece que se as pessoas vierem para Santa Maria vai movimentar o comercio, rede hoteleira, restaurantes e espaços públicos. Ai vem falar que os comerciantes que invistam sozinhos sem ajuda do poder publico, só que esquecem que estes comerciantes que geram empregos para população na hora de receber seu salário tudo bem na hora de cobrar ajuda e investimentos na cidade acham que é só o privado que tem que investir, essa relação tem que ser melhorada e trabalhada, o pessoal tem que entender que o recurso que é captado para uma determinada área só pode ser usada nela, se o turismo captou recurso tem mais que investir nisso ou por acaso voces pensam que Gramado já nasceu assim, como um simples toque de magica Gramado virou referencia, me poupe né, teve muito trabalhao para Gramado ser o que é hoje, assim como Bento e outras cidades turísticas. Mas para isso o povo tem que GOSTAR da sua cidade e lutar por ela, ao invés de ficar criticando cada prefeito que assume vai fazer algo para melhor para ajudar, mas não apontar os defeitos e criticar é mais facil que arregaçar as mangas e trabalhar.
      Sr. Prefeito torço para que você faça uma ótima gestão e melhore a nossa cidade que TEM SIM um enorme potencial turístico.
      Só para finalizar Sr. O Brando o Convention Bureau não é mantido por verba da prefeitura.

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