OCUPAÇÕES. Em busca de um acordo, MPF medeia encontro na segunda. Nesta sexta, protesto nas ruas
Por JOYCE NORONHA, na versão online do jornal A Razão (e foto de Reprodução)
Existem grupos bastante distintos na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em relação aos movimentos de ocupações e os estudantes que querem aulas. Porém, estas pessoas demonstram ter um interesse em comum: todos são contrários a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, mais conhecida como Teto de Gastos. Isto ficou provado na tarde desta sexta-feira (25), quando centenas de pessoas foram até a Praça Saldanha Marinho para fazer ato público contra a PEC 55, que deve ser votada no dia 13 de dezembro no Senado.
Contudo, o Ministério Público Federal (MPF) segue a mediação entre os grupos da UFSM que apresentam ideias bastante divergentes em relação às ocupações de 13 prédios da instituição de ensino. A procuradora da República Bruna Pfaffenzeller, diz que uma reunião está marcada para esta segunda-feira, às 10h, na Procuradoria, para buscar um acordo definitivo entre ocupantes e UFSM. “Nós fizemos alguns questionamentos para a reitoria da universidade com propósito de entender como estava o diálogo entre as partes. Agora queremos achar uma solução para a questão das ocupações. Sabemos que este movimento não será indefinido dentro da UFSM, até por que em algum momento vai acontecer a votação da PEC. Mas enfim, vamos tentar concluir esta questão na segunda-feira”, comenta a promotora.
SEM FORÇA POLICIAL
A procuradora ainda salienta que o uso de força policial para a retirada dos ocupantes da UFSM não é uma possibilidade. Ela diz que a Procuradoria federal quer resolver a situação com diálogo e, até este ponto, representantes dos movimentos não se recusaram a conversar.
REITOR ESPERANÇOSO
O reitor da UFSM, Paulo Burmann, espera que a reunião de segunda-feira faça com que os grupos cheguem a um acordo “que atenda a instituição e que seja de forma decisiva”. Entretanto, Burmann diz que a instituição, desde o início do processo, está disposta a negociações. “Entendemos que os estudantes têm o direito de manifestarem-se, mas nossa preocupação é com as consequências”, observou o reitor.
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