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Mais Estados. O que não falta é parlamentar querendo aumentar o gasto da sociedade

Ainda que limitando a despesa a um percentual que não excede ao atual, não há dúvida alguma que aumentar o número de vereadores significa custo adicional. Mas é, objetivamente, o que propõe a emenda constitucional apresentada pelo deputado gaúcho Pompeo de Mattos (PDT), e que poderá ser analisada no próximo semestre, pelo Congresso. O número de edis passaria de 50 mil para 58 mil, em números redondos. Aliás, se você quiser mais detalhes, confira o que noticiei no dia 25 de junho.

 

Não faltam, e o Rio Grande do Sul é pródigo nisso, proposições no sentido de que sejam criados novos municípios. E, conseqüentemente, os custos de instalação e manutenção. Inclusive prefeito, vice e vereadores. E, claro, obras: prefeitura, Câmara, etc, etc, etc. Quem paga a conta?  Não o autor da proposta, com certeza. Este será beneficiário, no mínimo, dos votos.

 

É exatamente neste contexto que se inserem outras inúmeros sugestões que tramitam no Parlamento Federal. Levantamento conduzido pelo site especializado Congresso em Foco aponta para a possibilidade, se todas as propostas forem concretizadas, de o Brasil ter nada menos que 34 Estados e quatro territórios federais (confira a sugestão de leitura, lá embaixo).

 

Para ficar num exemplo, tomemos o Nordeste. Lá são, hoje, 9 Estados e mais o território de Fernando de Noronha. Pois, creia, eles poderão ser 12. Um deles o Rio São Francisco, denominação da unidade que seria desmembrada da Bahia. Outro, o Maranhão do Sul. E um terceiro o Gurguéia (não tenho a menor idéia do que significa – cartas para a redação, se alguém souber), que surgiria a partir do desmembramento do Piauí.

 

Não deixa de ser curioso, ou trágico. O Piauí e o Maranhão são, provavelmente, os estados mais pobres do País. Continuarão a ser, só que multiplicados por dois. E por sabe-se lá quanto em despesas. Ah, mais uma curiosidade, ou tragédia: os oito novos estados significarão, também, no mínimo 64 deputados e 24 senadores. Lindo, não?

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira aqui a reportagem “Mais oito Estados?”, de Ana Paula Siqueira, no Congresso em Foco.

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