CIDADANIA. Um “Café” diferente ajuda a esclarecer sobre “Direitos Humanos”. Foi no Alberque Municipal
Por VICTÓRIA LUIZA (texto) e JOÃO ALVES (foto), da Assessoria de Imprensa da Prefeitura
Com o intuito de proporcionar um café especial e promover o conhecimento sobre a garantia dos direitos humanos a Secretaria de Município de Desenvolvimento Social (SMDS) realizou na manhã desta terça-feira (13) o 1º Café da Cidadania na Casa de Passagem para Adultos, instituição também conhecida como Albergue Municipal, que fica na Rua 7 de Setembro, 806, no Bairro Perpétuo Socorro.
O advogado, compositor e escritor, Clovis Itaquy, palestrou para os usuários do Albergue Municipal salientando e resgatando a garantia dos direitos humanos para que possam sem hostilidade ocupar os espaços na sociedade. “Com essa conversa pretendemos aumentar a autoestima dessas pessoas vulneráveis e dar um pouco mais de cidadania para que eles possam exercer seus direitos como cidadãos no espaço público, ir pra rua e não se sentir ameaçados”, pondera o advogado.
A servidora municipal Daniele Favarini juntamente com a secretária da pasta, Margarida Mayer, idealizaram o Café especial a partir de uma conversa com os usuários da Casa de Passagem, no qual relataram dúvidas a respeito das garantias sociais que lhes são facultadas. “Estamos aqui também para ouvi-los e isso nos proporciona entender seus anseios. Queremos que eles se sintam valorizados e que possam interagir com o que lhe é concebido por direito”, ressalta Daniele.
Partindo da concepção de psiquiatras americanos e argentinos, o advogado Itaquy, explica que por meio da conversa uma pessoa em estado vulnerável consegue se expressar, falar o que sente e quando é ouvida ela consegue ser menos violenta. “Por meio da palavra, que eles passam a ver que é possível mudar apesar do contexto que eles vieram”, declara Itaquy.
Casa de Passagens para Adultos
De acordo com a psicóloga do Albergue, Tanise Willaker, são oferecidas 50 vagas em período integral. Têm acesso à Casa de Passagem pessoas que estão em situação de rua, em risco e vulnerabilidade e indivíduos de outras cidades, que estejam de passagem por Santa Maria, não possuem condições de alojamento e não tem vínculos aqui.
Conforme os gestores do local, na estação mais fria do ano, o inverno e os dias de chuva fazem com que a procura por este serviço aumente e a instituição está sempre preparado para amparar aos que recorrem ao abrigo. A Casa de Passagem disponibiliza aos acolhidos três refeições diárias (café da manhã, almoço e janta) e, no momento em que os moradores chegam ao local, recebem um kit higiene com escova de dente, creme dental, sabonete, xampu e toalha. Roupas também são doadas aos acolhidos. As pessoas que dormem no local têm, ainda, direito a banho e nas instalações há um espaço de lazer.
Dormitórios para homens e mulheres
O Albergue Municipal oferece dormitórios com separação entre homens e mulheres. As acomodações coletivas disponibilizam cama, travesseiro e cobertor. Muito mais que cama e comida A secretária titular da pasta, Margarida Mayer, explica que a manutenção da Casa de Passagem é uma importante política de assistência às pessoas em situação de vulnerabilidade, que precisam ser acolhidas e motivadas para o retorno ao convívio familiar e comunitário.
Investindo no resgate da cidadania
“Isso não significa, apenas, uma cama para dormir e uma refeição. Muitos chegam sem documentos ou qualquer referência. Nesse momento entram em cena os assistentes sociais, atuando em consonância com outros órgãos, até com o próprio Ministério Público. Esse trabalho pode ser resumido como um resgate da cidadania, que também passa pelo empoderamento da pessoa na retomada de sua vida”, afirma a secretária Margarida Mayer. O serviço é administrado pela Casa de Passagem – Pousada Acolher, que por meio de licitação recebe da SMDS R$ 762 mil.
Muito mais que cama e comida
O investimento da Prefeitura garante a manutenção do equipamento e dos serviços prestados. O recurso garante os como contas de água e luz, manutenção do imóvel, colaboradores e ainda a aquisição dos alimentos preparados nas três refeições diárias dos albergados. Afora o acolhimento no local, a Casa de Passagem de Santa Maria também os demais encaminhamentos que dependem da atuação dos profissionais da assistência social. São serviços que vão desde a confecção de documentos de identidade, passando por atendimentos de saúde e psicossocial.
Trabalho noturno
O contrato com a empresa licitada segue até o final do ano e pode ser prorrogado por mais doze meses. A equipe da Casa de Passagem para Adultos é composta por Assistentes sociais, psicóloga e enfermagem. Trabalho que começa nas ruas, todas as noites realiza a atividade de “convidar” as pessoas que estão na rua para pernoitar no Albergue Municipal. “Não podemos obrigar as pessoas a passarem na Casa, então, vamos às ruas convidando-os para serem acolhidos”, salienta Tanise.
Os homens são maioria
A Coordenadora do abrigo, Jenifer Candaten, comenta que os frequentadores da Casa são na maioria homens e na faixa etária é de 18 a 75 anos. Ela explica que os usuários recorrem ao Albergue Municipal devido a conflitos familiares, entre eles, está o consumo de drogas e álcool. “Em muitos casos, tentamos fazer o acerto entre as famílias”, pondera a coordenada da entidade. Segundo elas, os usuários também falam que optam por vir para a Casa de Passagem de Santa Maria, devido à cidade oferecer uma estadia com mais qualidade no serviço.
Contribuições
A Casa de Passagem de Santa Maria possui autonomia financeira para gerir suas atividades, através dos recursos que são repassados mensalmente à instituição. No entanto, segundo os administradores, quem quiser colaborar com roupa masculina de inverno e cobertores, pode procurar a entidade e fazer a doação.
Horários das refeições:
Café da manhã – 6h30
Almoço – 11h30
Jantar – 19h30
Saiba mais
Os acolhidos são recepcionados na Casa de Passagem a partir das 20h. Para mais informações o telefone da entidade é: (55) 3015-1518.
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