Claudemir PereiraInternet

DO FEICEBUQUI. Assembleia não faz mais mediação, os que “não valem o que comem” e o grande Reinaldo

O editor tem publicado observações curtas (ou nem tanto) no seu perfil do Feicebuqui que, nem sempre, são objeto de notas aqui no sítio. Então, eventualmente as reproduzirá também para o público daqui. Como são os casos desses textos, que foram postados na rede social nas últimas horas – um deles do amigo Paulo Caetano. Confira:

feicebuqui-reinaldoRECOMENDO…

…a entrevista de Reinaldo (foto ao lado), um grande craque (daqueles que não mais existem, hoje, no Brasil) de futebol dos anos 70/80.

Que teve sérios problemas com as drogas, malcuidado clinicamente (teve sua carreira abortada) e que, no entanto, ficou na história.

Era, simplesmente, um revolucionário. No sentido que você quiser escolher. Uma das grandes figuras públicas a enfrentar, com a devida coragem, a ditadura.

Um ídolo dos democratas. Ponto.

Em vez de cumprir seu papel de intermediário do povo com o governo, fez o que a foto mostra (do jornal eletrônico SUL21)
Em vez de cumprir seu papel de intermediário do povo com o governo, a Assembleia fez o que a foto (do jornal eletrônico SUL21) revela

OS DEPUTADOS…

…gaúchos abdicaram do poder da mediação, mostra o Paulo Afonso Caetano:

“O PARLAMENTO. A palavra vem de ‘parler’, que em francês significa falar. No RS a Assembleia Legislativa, na ânsia de atender à política do governador abdicou de sua função representativa do povo, de mediação entre povo e governo. Em vez de receber o Povo para conversar, jogou seus eleitores à agressão pela força policial. Se a tese que sustenta é legítima, por que não receber o povo?”

LEMBRO…

…de antigo dito popular, antes de me recolher para (modéstia às favas) merecido descanso:

“Você não vale o que come”, penso, anotando mentalmente algumas notícias que tenho lido aqui e alhures (como dizia meu amigo falecido, Erony Paniz – um íntegro homem conservador)

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4 Comentários

  1. Seu O Brando. A estabilidade tem criado um feudo em vários setores do serviço público. Acomodação. Improdutividade. Regalias com isonomias inconsequentes. Massa de manobra de políticos e certas ideologias. (Não em todos os setores, claro). Junta-se a isso uma lei “mãezona” que dá direitos desmedidos, desproporcionais, de fazerem greves a qualquer momento, por qualquer motivo. Só falta fazerem greves porque chove demais ou de menos. Geralmente os resultados e as consequências não são boas para a sociedade. Inclusive muitos têm cruzados os braços em serviços essenciais e não acontece nada, a lei blinda-os de penalizações e demissões. Está demais da conta.

    Há “estabilidade” até nos cargos comissionados, veja só. O caso recente do pacotaço. Acabou com os penduricalhos que estão fora do tempo e do tamanho do valor que hoje valem, em função das contas deficitárias, mas é notícia que alguns cargos comissionados serão demitidos e outros transferidos, veja só, “que lindo”. Mesmo no acerto do pacote no geral, se realmente alguns comissionados forem transferidos, isso significaria: “não mexam nos nossos protegidos”. E nós pagando a conta. Todos os comissionados dos órgãos extintos deveriam ser demitidos. Perderam a serventia, se é que realmente tinha.

    O caso legal x moral em que cita como exemplo, o do major. Seria uma questão de tapa na nossa cara, mesmo, alguém usar a lei para privilegiar um “cumpadre” político numa função pública, que repercute negativamente nas contas públicas. Veja outro caso, aquele dos juízes e procuradores que ganham auxílio-moradia de aproximadamente R$ 5.000,00. Legal? Ficou legal, alguém criou jurisprudência e a sociedade “dançou”. Concordamos? Não. É um tapa na nossa cara.

    Sempre digo que o deslegitima um ato legal não é ele ser imoral, é ele ser um tapa na nossa cara, essa é a referência correta, porque a questão da moral é sempre discutível, caso a caso. O que é moral ou imoral para uns não o é para outros. O que é imoral não tem poder por si de mudar a lei, mas o sentimento de tapa na nossa cara, ah, esse cria força para mudar a lei.

    Mas todos sabem quando o caso é um tapa na nossa cara. É o caso das greves desmedidas no serviço público, principalmente em serviços essenciais. Então a lei deve ser mudada.

    Devemos votar em pessoas que façam ou mudem as leis para deixarmos de levar tapas nas nossas caras. Essa é também uma boa referência para saber se a lei x é justa ou não.

    Voltando ao tema da estabilidade. O Estado brasileiro é enorme onde não deveria e menos que o mínimo onde deveria.

    Coloca-se no poder maior, então, finalmente, depois de 500 anos, um gestor público para fazer a coisa certa para consertar essa anomalia congênita do Estado brasileiro (grande onde não deveria e menos que o mínimo onde deveria ser maior – no caso dos serviços essenciais) e esse gestor não vai conseguir reestruturar o Estado, por quê? Por causa da estabilidade, que é um grande empecilho para ter eficiência nessa mudança. É um caso imaginário ideal, claro, mas todo dia se precisa fazer alguma mudança para melhorar alguma coisa, e a estabilidade é um empecilho até no dia a dia.

    E não é uma simples transferência de pessoas de órgãos ou setores que propicia produtividade e gera competências onde elas deveriam estar, seja numa mínima ou numa grande reestruturação do Estado, começando pelas prefeituras. Vai sobrar gente. Vai ter gente fora do lugar. Vai se manter gente desqualificada, descomprometida e desinteressada. Seria preciso demitir pessoas e contratar outras, mais adequadas aos novos tempos e aos novos conhecimentos, para serem alocadas nos órgãos que ficarem ou surgirem numa reestruturação, mas com a estabilidade isso é impossível de acontecer, mesmo que o gestor seja o melhor do mundo e queira fazer a coisa certa.

    É da vida. É assim que o mundo melhora, alocando-se pessoas certas nos tempos certos para se conseguir atender as novas necessidades da sociedade. As pessoas que entram nesse barco só ganham, porque estão sempre aprendendo, sempre melhorando, sempre buscando crescer na vida. E a sociedade ganha, também.

    Concluo como comecei, a estabilidade tem gerado feudos e muita ineficiência. Inércia. Pouca qualidade. Regalias. Poder desmedido de classes funcionais. É um empecilho frequente para mudar o que não funciona. E nós pagando a conta e não tendo retorno.

  2. Estabilidade tem que ser discutida, modificada, mas não sei se deve ser extinta. De qualquer maneira, sem mudar as pessoas não adianta mudar as instituições. Gringo poderia pegar um major da Brigada, por exemplo, que esteja há muito tempo na AL, digamos uns 10 anos. Antes do fim do mandato pode promover o sujeito a tenente-coronel, coronel e comandante da corporação. E se abrir vaga no Tribunal Militar ainda coloca a criatura lá. Ilegal? Não. Imoral? Com certeza, principalmente se o brigadiano fosse militante do PMDB.

  3. Pois é, O Brando. O senhor Paulo Afonso Caetano confunde “povo” com os servidores públicos (que se acham donos do Estado) e os vermelhinhos.

    Não são os servidores públicos que devem ter poder de dizer o que o Estado deve fazer na sua gestão. Com certeza cargos públicos podem ser extintos a qualquer momento por mil motivos, assim como vão desaparecer muitas profissões e surgir outras no setor privado, no decorrer das décadas. E não são os servidores que devem controlar e fazer autogestão no ambiente estatal.

    E os vermelhinhos geralmente não gostam de democracia nem de diálogos, são mais das trincheiras mesmo, então a proteção física é natural e absolutamente correta.

    O senhor Paulo Afonso também não percebe que a sociedade está cansada de ver o Estado ser tão maltratado por políticos de vários partidos que, no decorrer de 50 anos, só pioraram as coisas, e tão maltratado por várias classes de servidores que ainda têm regalias, que se acham donas do Estado, acham que têm o direito de ficarem com seus empregos eternos. Esse tempo já foi. Por isso urge acabar com a estabilidade.

  4. Sugestão devidamente ignorada, outra para rebater. Seria bom informar qual o veículo que fez a entrevista.
    O “povo”, palavra abstrata que a esquerda usa para autolegitimação, não são algumas centenas de funcionários públicos.
    Bons tempos os do finado homem do campo. Hoje tem muito mais gente que não vale o resultado da digestão do que come.

    NOTA DO SITE: o leitor tem razão. Faltou uma informação fundamental. A entrevista foi concedida ao programa “Bola da Vez”, do canal ESPN Brasil.

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