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EDUCAÇÃO. Escolas reagem à ameaça do Governo do Estado, que pretenderia fechar ensino noturno em SM

Educadores criticam vulnerabilidades sociais que o fechamento de turnos e turmas de EJA irão provocar na comunidade escolar
Educadores criticam vulnerabilidades sociais que o fechamento de turnos e turmas de EJA irão provocar na comunidade escolar

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Assessoria de Imprensa do CPERS/Sindicato

A direção do 2° Núcleo do CPERS e diretores de oito escolas estaduais de Santa Maria e região participaram de uma audiência no Ministério Público (MP), na manhã desta quarta-feira (7). O tema do encontro foi a ameaça de fechamento de EJA, Ensino Fundamental, Ensino Médio, turmas e turnos de instituições urbanas rurais da área de abrangência da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE).

Como resultado da audiência, cada escola irá montar um documento justificando as consequências que a iniciativa terá para educadores, alunos e comunidade. O parecer será enviado para a promotoria até o dia 19 de dezembro. A partir disso, haverá uma tentativa de negociação com a 8ª CRE.

As escolas foram avisadas das intenções do governo do Estado apenas de forma verbal, o qual indicava imediatamente o encerramento da possibilidade de acesso a matrículas para o período letivo de 2017.

“Na nossa escola será fechado o EJA e Ensino Médio noturno, os quais já não estamos aceitando matrículas. A 8ª CRE exigiu que cada turma tenha, no mínimo, 16 alunos”, informa a professora Neda Cavalheiro, da Escola Edna May Cardoso, de Santa Maria.

Situação semelhante vive a Escola João Link Sobrinho, também de Santa Maria. A direção foi informada pela 8ª CRE que a instituição seria fechada em 2017. Após uma faixa denunciando a situação ser posta em frente à instituição, uma nova reunião com a 8ª CRE determinou que apenas o turno da tarde será extinto.

“Realizamos um abaixo-assassinado com 549 assinaturas para não fecharem a escola. Até a associação de ex-alunos veio nos ajudar. Estamos todos apavorados, pois agora querem fechar o turno da tarde, que comporta as crianças a partir do 1º ano”, relata o diretor Leonardo Rodrigues.

Conforme o 2º Núcleo do CPERS, a intenção de fechar turnos não contempla vulnerabilidades sociais, perigos de deslocamento para escolas distantes, custos de transporte e itinerário para alunos que trabalham. Além disso, a enturmação cria um ambiente pedagógico desfavorável frente a heterogeneidade das turmas.

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2 Comentários

  1. O Governo não se preocupa com as questões referentes ao deslocamento dos alunos, o transporte precário de nossa cidade. A comunidade que se lasque, pobre tem que deixar essa “coisa” de estudar para os mais ricos. Trabalhador bom, é trabalhador ignorante!

  2. Jornalismo “cumpanheiro”. Ao invés de destacar a ação do governo e os problemas que decorrem da mesma, a ênfase é no “movimento social”.
    Governo pretende acabar com o ensino noturno em SM. Quem precisa trabalhar de dia está lascado.

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