FARRET. Não existe prova de improbidade do prefeito, entende Comissão. Agora, plenário dará a palavra final
No jornal A RAZÃO (online), com imagem montada com foto de GABRIEL HAESBAERT
O relatório da Comissão Processante instaurada pela Câmara de Vereadores para investigar a conduta do prefeito José Haidar Farret (sem partido) recomenda pela improcedência da denúncia. Ou seja, os três vereadores da Comissão apontam pela absolvição do chefe do Executivo, que, mesmo assim, deverá ser julgado em plenário, às 14h desta quinta-feira (29).
Segundo o relatório, “faltaram provas inequívocas suficientes que comprovassem a ruptura da ordem decorosa que se deve portar um agente político. Desta forma, então deve-se considerar que uma cassação de mandato causa uma gravíssima ruptura da vontade do povo expressa através do sufrágio popular”. O documento é assinado pelo presidente da Comissão, Admar Pozzobom (PSDB), pelo vice, Jorge Trindade (Rede) e pelo relator, Ovídio Mayer (PTB).
A DENÚNCIA
Farret foi acusado pelo presidente da Associação Comunitária Ação e Solidariedade (ACAS), José Francisco Silva, o Maranhão, por improbidade administrativa. Segundo Maranhão, Farret teria utilizado cargos de confiança da Prefeitura como auxiliares no consultório médico que o prefeito tem na cidade. Durante o processo, foram ouvidas testemunhas de acusação e de defesa. Farret também foi ouvido pela Comissão Processante.
RECOMENDAÇÕES
Além da recomendação pelo arquivamento da denúncia em plenário, a Comissão Processante recomenda que, independentemente do resultado final em plenário, a Câmara envie cópia integral do processo ao Ministério Público Estadual, à Controladoria do Município e à Justiça Eleitoral, “para que tomem as medidas que tiverem por pertinentes”.
O JULGAMENTO
Na semana retrasada, o próprio autor da denúncia, José Francisco Silva, pediu o arquivamento do caso. Segundo ele, a Comissão Processante não tinha condições de tocar o processo adiante. E ele, Maranhão, iria encaminhar a denúncia ao Ministério Público. Na sessão de quinta-feira, o prefeito José Haidar Farret estará acompanhado dos seus dois advogados: Péricles Lamartine Palma da Costa e Daniel Tonetto. Os dois foram contratados pelo chefe do Executivo e acompanham a Comissão Processante.
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Mais ou menos assim. Uma pessoa foi marcar consulta no consultório do Farret. Segundo ele, um amigo foi junto e gravou as conversas porque “tem o costume de realizar gravações”. As mesmas pessoas voltaram outro dia para desmarcar a consulta e fizeram nova gravação. O nome da pessoa que teria feito as gravações não foi revelado. Não se sabe como as gravações passaram do celular original para o celular da pessoa que precisava de consulta. Aí a gravação foi mostrada ao líder comunitario que fez a denúncia, não ficou claro porque um vídeo feito por acaso foi apresentada ao mesmo.
Obvio que não tem nada a ver com o mérito da denúncia. Mas a história completa não saiu na “imprensa”.