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DEM. Nova direção decide que é hora de “enterrar” politicamente a velha guarda. Será?

Adeus Jorge Bornhausen. Boa viagem Antônio Carlos Magalhães. Tchau caciques do Partido da Frente Liberal. Mmmm… Será mesmo? Uma coisa é a intenção; outra bem diferente é a realização. De qualquer forma, há algo inequívoco, inclusive por uma razão biológica: os antigos comandantes pefelistas foram escanteados da linha de frente, agora ocupada por soldados promovidos a oficiais, com direito inclusive à mudança do nome do partido, agora chamado Democratas. Ou DEM, como ficou a sigla.

 

A verdade é que (e isso é pacífico) o ciclo político de ACM e Bornhausen se finda, como constata entrevista concedida pelo novo presidente da sigla, o carioca Rodrigo Maia – ele próprio descendente de uma mini-dinastia comandada por seu pai, o prefeito do Rio de Janeiro, César (factóides) Maia. Que, alguns talvez não saibam, começou no PDT, com o doutor Leonel Brizola, com o qual brigou.

 

A situação não está fácil para o lado demista. A começar pela sigla, que proporciona os mais diversos apelidos, inclusive o infame “Demo”. Até hoje, velha e nova guardas ainda não assimilaram muito bem a nomenclatura. E conheço alguns que preferem ser chamados de ex-pefelistas do que “demistas”. Ou mesmo “democratas” – por incrível que pareça.

 

Essa, porém, é a menor das dificuldades. O DEM, cá entre nós, parece um time em transição. Saiu de uma derrota terrível (lembre, para comparar, o Internacional de Porto Alegre) e ainda não sabe muito bem o que fazer. E busca a saída pela radicalidade. Ou radicalismo. No caso, oposicionista. Bate em tudo. E acaba, não raro, se isolando.

 

Os demistas (é mesmo horrível, cá entre nós) têm uma enorme dificuldade e da qual ainda não sabem como se safar. E estão ficando sozinhos no discurso anti-qualquer-coisa-parecida-com-governo. É, digamos, o PT de direita. Lembra aquele PT oposicionista de uma década atrás? Pois é. É o DEM de ontem. Ou o DEM é o petismo de então. Se me entendem. A diferença é que os petistas fizeram um longo aprendizado, e conheciam todas as manhas, depois de anos de oposicionismo. Já os demistas começam agora, a sua década. Vai demorar.

 

Até lá? Terão um longo caminho a percorrer. Inclusive com a participação daqueles que estão no ocaso político. Mas ainda não morreram – embora politicamente sua relevância seja semi-nula fora do PFL, aliás, DEM.

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira aqui a reportagem “O liberalismo puro e simples acabou”, de Rudolfo Lago, publicado pela revista IstoÉ.

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