SAÚDE. Central de UTIs no Hospital Universitário, em obra avançada, deverá receber pacientes só em 2018
Da Coordenadoria de Comunicação Social/UFSM, com informações e fotos da ComunicaçãO/HUSM
A obra da Central de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) está a todo vapor. A empresa Install, de Frederico Westphalen, que assumiu a construção em agosto deste ano, está dentro do cronograma previsto e garante que vai entregar o prédio em julho de 2017. A empresa afirma que 70% do trabalho está concluído. A administração do Husm prevê que a licitação para a compra de equipamentos deve ocorrer entre março e abril do próximo ano. Os novos trabalhadores complementares deverão vir do banco de concursados da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Se tudo correr bem, a comunidade regional poderá contar com os novos leitos de UTIs adulta, pediátrica e para recém-nascidos até o início de 2018. Com a conclusão definitiva da obra, o número de leitos, que hoje é de 49, passará para 82.
A empresa Install assumiu a obra há quatro meses, e avançou de 30% para 70% na conclusão do trabalho. No primeiro mês, foram removidas toneladas de restos de materiais de construção deixados para trás pela primeira empresa licitada, que desistiu da obra.
“Retiramos 130 metros cúbicos de resíduos (o equivalente a 30 caçambas), que levamos para um aterro com licença ambiental”, recorda a engenheira de segurança do trabalho Fabiana da Silva.
O prédio de dois andares, com uma área de 4,507 mil metros quadrados, vai abrigar leitos e salas administrativas. Para cumprir o cronograma de obras, cerca de 40 trabalhadores da construção civil atuam 8 horas por dia, nos turnos da manhã e tarde. A equipe não fará recesso de final de ano.
“No momento temos duas prioridades: a cobertura do prédio para acabar, definitivamente, com as infiltrações no Pronto Socorro (que fica abaixo da obra) e o fechamento das aberturas. Já estamos colocando os marcos de alumínio nas janelas. Na sequência, vamos instalar as divisórias internas de gesso”, explica o administrador da obra, Renan Mello.
Os trabalhadores estão divididos em equipes, atuando em todas as fases: instalação elétrica, hidráulica, de gases medicinais, de ar-condicionado e do elevador.
De acordo com o gerente administrativo do Husm, João Batista de Vasconcellos, entre março e abril de 2017, será aberta a licitação para compra de equipamentos. Uma equipe já vem se reunindo para definir os mobiliários e equipamentos necessários: respiradores, monitores cardíacos e leitos, entre outros.
Com a obra entregue, será feita a montagem e o teste dos equipamentos. Por isso, a transferência de pacientes é estimada para o final de 2017 e início de 2018. Todos os trabalhadores da área da saúde que hoje atuam nas UTIs também vão atuar na nova central. Devido ao aumento no número de leitos, o quadro de pessoal será ampliado. O número exato será conforme regulamentação definida em lei. A maioria deles virá do banco de concursados da Ebserh.
“Para os usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), essa obra trará um enorme benefício. Porque é conhecida em todo Rio Grande do Sul a deficiência de leitos de UTI e nós vamos praticamente duplicar a oferta de leitos. A obra também prevê a proximidade física dessas UTIs – por exemplo, neonatal e pediátrica – com as unidades de obstetrícia e pediatria, para ter uma integração maior com as equipes”, afirma a superintendente do Husm, Elaine Resener.
Esse incremento na oferta de leitos também vai contribuir para reduzir a superlotação do Pronto-Socorro do hospital, onde atualmente cerca de 10% dos pacientes internados são entubados e necessitam de leitos de UTI.
A obra vai proporcionar ainda a abertura de novos leitos de internação, uma vez que o espaço usado atualmente pelas UTIs será destinado para a abertura de cerca de 50 novos leitos nas áreas clínicas, cirúrgicas e outras necessárias. Atualmente o hospital conta com 402 leitos. Com a incorporação dos novos leitos, o Husm passará a ser considerado hospital de grande porte.
“Só com a abertura da Central de UTIs, sem contar a abertura de novos leitos de internação, nós já passamos para hospital de grande porte. Com isso, devemos aumentar a estrutura administrativa e também aumentar a possibilidade de atender a mais alta complexidade, que traz um recurso melhor para o hospital. Os hospitais universitários, em virtude de ter grande concentração de tecnologia e especialistas, devem atender os pacientes mais graves, mais complexos”, esclarece a superintendente.
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