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UFSM. Intervenções artísticas e pedagógicas no final da tarde, ações da Frente da Autonomia e Democracia

Primeira reunião aconteceu na última sexta-feira. No encontro, decidiu-se pelas atividades que acontecem nesta quarta-feira
Primeira reunião aconteceu na última sexta-feira. No encontro, decidiu-se pelas atividades que acontecem nesta quarta-feira

Por FRITZ R. NUNES (com a colaboração e foto de Rafael Balbueno), da Assessoria de Imprensa da Sedufsm

A Frente Universitária em Defesa da Autonomia e da Democracia na UFSM, surgida recentemente durante a greve dos três segmentos, e que se reuniu pela primeira vez na última sexta, dia 16, terá uma segunda agenda nesta quarta, dia 21. Tanto professores, quanto estudantes e técnico-administrativos (TAEs) estão sendo chamados para intervenções pedagógicas e artísticas, a partir das 18h30, no gramado em frente ao Espaço Multiuso, no campus de Camobi. A ideia do evento é promover um espaço de encontro e conversa, inclusive para que as experiências e realidades de dentro da UFSM sejam trocadas entre colegas que, muitas vezes, sequer se conhecem.

Para o dia 6 de janeiro também está sendo programada uma mesa para a qual se pretende contar com uma representação de cada categoria (docentes, TAEs e estudantes) e que tem como tema “Autonomia e democracia: do projeto à perda”. O debate de janeiro também será realizado no gramado do Espaço Multiuso, mas a partir das 9h. A reunião da última sexta definiu pela criação de uma página no facebook, que deve ser o principal ponto de contato e troca de informações da Frente.

O objetivo mais amplo de criação da Frente é buscar que se tenha organização estruturada para uma mobilização entre os diferentes segmentos, frente ao cenário político e econômico no país, que demonstra ser de grande instabilidade, e de muitos ataques ao setor público, tendo em vista o aprofundamento violento do projeto neoliberal no país, e que traz efeitos nefastos como a perda de direitos dos trabalhadores e a onda de privatização dos espaços públicos.

Para além disso, o que se pretende também é trazer à tona um debate sobre um projeto de universidade alicerçado em princípios como o da democracia e da autonomia, com visão estatal, pública e gratuita, que vem sendo ameaçados há bastante tempo. No debate da última sexta, uma das sínteses é de que há um desafio em curso: organizar um único projeto de educação superior – inclusive para se opor ao projeto que tem disputado e alcançado espaço nas universidades públicas, a partir da lógica produtivista, com a produção científica financiada pelas e para as grandes empresas.

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2 Comentários

  1. O segundo: o corporativismo que causa injustiças.

    O que os senhores estão fazendo para extinguir as reais causas da imagem ruim que o funcionalismo público tem em geral na sociedade, em todas as esferas? Obviamente não cabe generalização, mas as coisas não estão bem há muito tempo em vários órgãos e poderes, e as causas não são só a falta de verbas e as más gestões sequentes de governantes. E chega desse papinho de “conspiração neoliberal” que não somos mais crianças. Sabemos muito bem separar o discurso ideológico da realidade.

    Então não existem supersalários? Não existem montanhas de cargos comissionados que são vorazes consumidores de recursos públicos? Não existem regalias, benefícios diferenciados em relação ao setor privado? Ninguém ganha acima do teto? Não tem classes funcionais de ótimos salários que ainda ganharam uma fortuna com acumulados de auxílio-alimentação e auxílio-moradia recentemente, inclusive continuam ganhando cinco mil reais de auxílio-moradia todo mês? Não existem os feriadões no funcionalismo, dias que a sociedade trabalha para pagar a conta dos impostos e os funcionários públicos recebem, tendo folga? Não tem classes funcionais com dois meses de férias? A sociedade é super bem atendida nos órgãos públicos, sempre? Sempre se é bem orientado quando se vai pedir uma informação? Nunca fazem greves pensando só em vocês mesmos ou greves meramente políticas? Peritos do INSS não ficaram quatro meses de greve recentemente, atrapalhando a vida dos que estavam doentes que precisavam de auxílio-doença? As greves não têm sido abusivas e geralmente políticas, prejudicando a sociedade, os alunos de escolas públicas, os doentes, etc, maltratando principalmente a quem precisa de serviços essenciais? Então há neoliberais “infiltrados” dentro dos sindicatos fazendo tantas greves sem sentido, prejudicando a sociedade, que paga a conta do serviço público, só para criar essa imagem ruim? É mesmo?

    Posso escrever mais trinta parágrafos de motivos realistas para mostrar que a sociedade, que paga a conta, tem razão quando reclama do serviço público. Mas não de todo o serviço público, claro.

    E o que acontece? Ora, o corporativismo em que todos os servidores querem se dar as mãos para se salvarem a todos num barco que afunda há horas, é duas vezes injusto.

    É injusto para o servidor que merece ser melhor tratado e é injusto para a sociedade que paga uma alta conta das situações que não merece pagar, como as citadas acima.

    Quando o corporativismo no serviço público se abraça para se defender, está defendendo também as classes que têm regalias, os que têm planos de carreira e salários diferenciados, os que têm aposentadorias especiais. Defende os maus atendimentos, a ineficiência, a cara de azedume com que alguns nos atendem em algumas instituições. Está defendendo os cargos comissionados, os incompetentes e os desinteressados. Está defendendo a permanência de órgãos e empresas de gestão pública que deveriam ser fechadas ou vendidas. Está defendendo a estabilidade funcional de pessoas que deveriam ser demitidas. E por fim, está defendendo um Estado inchado, ineficiente e caro.

    Está defendendo a permanência das contas deficitárias. E defendendo situações que as contas públicas deficitárias continuarão, está sendo injusto com os servidores que mereciam melhores salários, como brigadianos e professores estaduais.

    Nem os professores estaduais se tocam disso. Os professores estaduais tinham de ser os primeiros a defender mudanças estruturais do Estado, o fim da estabilidade, a demissão de incompetentes, o fechamento de empresas públicas nada a ver com a real função do Estado, para que finalmente as contas melhorassem e, por consequência, com o Estado com valores superavitários, a situação financeira deles finalmente também melhorasse. Professores estão dentro da categoria de serviço essencial, e não está sendo tratado como essencial porque tem CEEE, tinha TV, tem CRM, tem CORSAN, tem um monte de penduricalho que não é função do Estado cuidar e “sobra” para as pessoas que estão nos serviços essenciais.

    Parecem que os professores não enxergam o óbvio. São comandados por ideologistas que são corporativistas. O Estado para esses corporativistas precisa ter uma massa de funcionários enorme, inerte, fazer do Estado um paquiderme branco, e tem de ficar ruim para todo mundo, porque essa visão para eles é a “salvação da lavoura”. Onde? Olhe o caos que estamos.

    Professores, a situação do Estado não vai mudar para melhor, e nem a de vocês, do jeito que está, com o Estado cheio de “pinheirinhos”, quando o Estado continua deficitário e nós, a sociedade, recebemos cada vez menos retorno social das situações que são as reais funções do Estado.

    O Estado existe para atender bem a todos em segurança, saúde e educação, não para imprimir o próprio diário oficial. Não para ter uma tv ruim deficitária que ninguém assiste (perdão, o Claudemir e mais dois).

    Concluindo digo que o corporativismo macula ainda mais a imagem do serviço público, pois nada como um corporativismo atuante para mostrar que estão só mais preocupados com eles mesmos, não com a sociedade que paga a conta e tem cada vez menos retorno.

  2. Dois pontos surreais nesse movimento.

    O primeiro: a exigência da autonomia de uma instituição pública.

    Alguém já viu em algum lugar do mundo uma instituição pública em que os próprios funcionários têm autonomia para gerirem a instituição? Só no Brasil. Advém de uma ideia equivocada de longa data em que o servidor público se acha o próprio dono do Estado. Que pode fazer o que bem quiser.

    Falta de senso e de humildade impressionantes.

    Não existe autonomia quando quem paga a conta é um outro. Isso em família, numa empresa, em qualquer lugar.

    No caso da instituição pública, o dono dela e quem paga a conta dela é a sociedade.

    E a sociedade não delega aos senhores a autoridade para se gerenciarem. “Isso não existe”, como diria aquele padre de sotaque estrangeiro.

    A sociedade que paga a conta delega a pessoas eleitas o comando das instituições públicas, não delega a seus servidores. Os senhores são “só” nossos servidores públicos. Sabem o que realmente significa isso? Os senhores são nossos funcionários, não gerentes de si mesmos. Os senhores foram contratados para nos servirem dentro das funções contratadas, não para dizerem o que é bom para os senhores mesmos ou como deveria funcionar a instituição. Porque cabe a nós cobrar o resultado do trabalho dos senhores, não o contrário.

    Já está na hora de terem o real senso sobre isso.

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