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UFSM. Um mês após entrarem, estudantes deixam prédios ocupados. Eles cumprem uma decisão judicial

Decisão judicial determinou saída dos prédios até esta quinta-feira. Estudantes cumpriram e lançaram manifesto sobre as ocupações
Decisão judicial determinou saída dos prédios até esta quinta-feira. Estudantes cumpriram e lançaram manifesto sobre as ocupações

Por MAURÍCIO ARAÚJO (texto) e GABRIEL HAESBAERT (foto), no jornal A Razão

Os estudantes que ocupavam prédios na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) liberaram as edificações nesta quinta-feira, quando completou um mês do início do movimento Ocupa UFSM. Também na tarde de quinta encerrou o prazo dado pela Justiça Federal para que os ocupantes saíssem dos prédios de forma voluntária. Caso os estudantes descumprissem a medida, estavam previstas multas e suspensão dos direitos acadêmicos.

Nesta tarde, os alunos desocuparam os prédios 16 e 16-B, do Centro de Educação. Conforme a diretora do Centro, Helenise Sangoi Antunes, os prédios estavam organizados, limpos e sem nenhum dano. “Está tudo bem organizado, ajeitado e sem qualquer estrago”, reafirmou a professora.

Na quarta, o movimento Ocupa UFSM divulgou nota referente à decisão judicial que determinou a desocupação. Eles ressaltam os motivos das ocupações – contra a PEC 55 que congela por vinte anos os gastos em Educação e Saúde.

Conforme a nota, neste um mês, foram 15 prédios ocupados. Estudantes de 43 cursos participaram das ocupações em Santa Maria, Frederico Westphalen e Palmeira das Missões. Para o movimento, de acordo com a publicação, o despacho do juiz – que determina a desocupação – demonstra caráter autoritário do estado através do poder judiciário. Eles ainda criticam a gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE) que, na visão deles, trabalhou contra as mobilizações.

Segundo os alunos, a resistência continua, no entanto, com novas formas de mobilização. Eles afirmam que não se intimidarão e irão com mais força às ruas.

“Continuaremos gritando não à PEC 55, não à reforma do ensino médio, não à lei da mordaça, à reforma da previdência, à terceirização do trabalho, e à precarização e privatização do serviço público. Seguiremos em luta pois é através dela que compreendemos e transformamos a nossa educação e nossa sociedade. Nenhum passo atrás, nenhum direito a menos! Seguimos!”, finaliza a nota do Ocupa UFSM.

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

PARA LER A ÍNTEGRA DA NOTA DO MOVIMENTO “OCUPA UFSM”, CLIQUE AQUI (se você for usuário do Feicebuqui).

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2 Comentários

  1. A Razão “congelando” também. A questão toda é o jornal aderir ao marketing de um grupo político. Até poderia se falar em congelamento dos valores reais (não dos nominais), mas o teto é para o orçamento inteiro. Pode-se diminuir o gasto em defesa (por exemplo) e aumentar o gasto em educação ou saúde.
    Maio de 68 e suas ocupações já acabaram faz um tempinho. Pedir para um militante de esquerda ter criatividade, inovar, é o mesmo que tentar fazer uma ovelha voar.

  2. O que é mais impressionante é ler no comunicado dos marmanjos a reclamação sobre “o poder autoritário do Judiciário”.

    Marmanjo inconsequente chorando, que vergonha. Nem parece que são universitários.

    Como se a decisão não tivesse seguido apenas a lei. E a lei é mandatória.

    E a ocupação, que impediu entrada de pessoas e aulas e atividades, o que foi? Essa sim foi uma ação ditatorial.

    Afinal, não sabem viver numa democracia de direitos (e deveres)? Está mais do que na hora de aprenderem.

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