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Eleições 2010. Por que o tucano José Serra bate tanto (e forte) na política econômica de Lula

Gosto do José Serra, do PSDB. Especialmente da história dele, bem diferente da de muitos outros que descobriram, no ninho tucano, um porto seguro para que se esqueça o passado. Bem, mas isso é outra coisa. Aqui, o que interessa é saber as razões pelas quais o melhor avaliado (pelas pesquisas) entre os nomes oposicionistas que pretendem concorrer à Presidência em 2010, está tão brabo com a condução da política econômica.

 

Quem ajuda a destrinchar um pouco dessa posição do atual governador paulista é o repórter da Folha de São Paulo, Kennedy Alencar. Confira o que ele escreve, a propósito, na coluna “Brasília Online”, que assina na versão de internet do jornal. A seguir:

 

“Presidenciável favorito, Serra teme crise econômica pós-Lula

 

O governador de São Paulo, o tucano José Serra, tem mantido uma boa interlocução com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos últimos meses, não se viu crítica de Serra a Lula. Quando faz reparos, Serra ataca decisões do governo petista, mas nunca a pessoa do presidente.

 

Serra está certo. Como Aécio Neves, governador de Minas e seu rival pela candidatura tucana à Presidência, ele enxergou que não adianta dar murro em ponta de faca. Lula é um presidente popular e tende a sair do cargo, na virada de 2010 para 2011, com força política talvez maior do que possui hoje.

 

Em conversas reservadas, o governador paulista tem uma grande crítica a Lula. Avalia que o presidente não conduz bem a economia. Para Serra, o Banco Central de Lula criará uma crise econômica futura ao manter uma política monetária rigorosa.

O tucano considera que essa crise poderá explodir ainda no mandato de Lula, mas pensa que o mais provável é que ela aconteça no governo do sucessor do petista. Ou seja, vire uma herança negativa de Lula.

 

Como o tucano lidera hoje todas as pesquisas sobre a sucessão presidencial, é humano ele temer que a eventual bomba venha a explodir no seu colo.

 

Esse temor explica a dura crítica que Serra fez na quinta-feira (17/04) à recente decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros, a Selic, de 11,25% para 11,75% ao ano. Serra acha que a subida de 0,5 ponto percentual, que surpreendeu o mercado, tende a valorizar o real ainda mais em relação ao dólar.

 

O efeito dessa rigorosa política monetária, acredita o tucano, será fragilizar setores exportadores e gerar um buraco nas contas de nosso comércio exterior…”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra do artigo “Presidenciável favorito, Serra teme crise econômica pós-Lula”, na coluna “Brasília Online”, de Kennedy Alencar, da Folha de São Paulo.

 

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