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GASTOS. Pozzobom impõe meta para corte e quer economizar até R$ 10 milhões com medidas restritivas

Gastos em órgãos da Prefeitura Municipal serão cortados e controlados: menos CCs e FGs, menor consumo de água, luz e telefone…

Por JOYCE NORONHA (texto) e GABRIEL HAESBAERT (foto), no jornal A Razão

No primeiro dia de gestão de Jorge Pozzobom (PSDB) como prefeito, ele assinou um Decreto de Contenção de Gastos. Neste, o chefe do Executivo cria o Núcleo de Gestão Estratégica de Avaliação e Qualificação da Despesa Pública e determina uma série de apontamentos que devem resultar na economia de aproximadamente R$ 10 milhões. Segundo a Superintendência de Comunicação, a verba desta economia será prioritariamente empregada na Saúde do município (principal bandeira de Pozzobom durante a campanha eleitoral).

Em dezembro, os vereadores aprovaram a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2017 com a estimativa de R$ 690 milhões para receita de Santa Maria. Contudo, o prefeito quer mais para investir na cidade e busca medidas para conseguir recursos extras para o município.

REDUÇÃO DE 20%

O decreto de Pozzobom aponta que órgãos da administração municipal deverão adotar medidas com as seguintes metas: reduzir 20% nas despesas com telefonia, 20% com despesas de consumo de água e 20% no consumo de energia elétrica. Além disso, o documento define que, pelo prazo de um ano, 20% dos Cargos em Comissão (CCs) e Funções Gratificadas (FGs) não serão contratados.

TELEFONIA

Conforme o Portal da Transparência da Prefeitura, referente ao terceiro trimestre de 2016 (julho, agosto e setembro), foram gastos R$ 27.463,29 em telefonia móvel e R$ 191.393,42 em telefonia fixa. Mesmo que os valores sejam referentes à gestão anterior, estes devem ser utilizados como base para os 20% de redução, propostas por Pozzobom.

Na apresentação da telefonia móvel estão as linhas utilizadas pelas secretarias municipais, a Procuradoria Geral do Município (PGM) e o Gabinete do Prefeito. Este último foi o órgão que mais gastou com telefonia móvel no terceiro trimestre de 2016: R$ 6.103,75.

Entretanto, o Gabinete do Prefeito, naquele momento, contava com 11 linhas, sendo sete com acesso à internet e quatro sem.

Já no relatório referente à telefonia fixa, a Secretaria de Saúde foi a que apresentou maior gasto no terceiro trimestre de 2016: R$ 84.136,02. De acordo com o Portal da Transparência, os gastos da pasta com telefonia móvel somam os telefones da sede da secretaria e das unidades de Saúde.

CONSUMO DE ÁGUA

Segundo o relatório do terceiro trimestre, disponível no Portal da Transparência do Executivo, o consumo de água totalizou R$ 311.658,84 nos meses de julho, agosto e setembro. A secretaria de Educação foi a que teve o maior gasto, com R$ 140.906,71, mas o consumo de água da pasta abrange todas as esolas municipais.

Em seguida, aparece a Secretaria de Saúde, com R$ 49.288,67. No consumo estão inclusas a sede da pasta e as unidades de Saúde.

Depois aparece a Secretaria de Esportes e Lazer, com R$ 48,183,62. Contudo, a pasta abrange o consumo de água do Centro Desportivo Municipal, do Ginásio Oreco, do Ginásio São Marcos (no distrito de Arroio Grande), do Ginásio Guarani Atlântico e praças.

No governo Pozzobom, a pasta de Esportes e Lazer foi aglutinada à Secretaria de Cultura. Assim, o consumo de água será deste novo órgão.

ENERGIA ELÉTRICA

Este tópico é o que apresenta maior consumo, conforme o Portal da Transparência da Prefeitura. No terceiro trimestre de 2016 o Executivo desembolsou R$ 2.099.193,31 para quitar a conta de energia elétrica de Santa Maria (sem contar os distritos).

A iluminação pública está no topo da lista de maior custo: R$ 1.325.528,06. Seguida da Secretaria de Educação, com R$ 234.180,69, que assim como no cosumo de água, conta o consumo de energia elétrica de todas as escolas municipais de Santa Maria.

MENOS CCS E FGS

O governo anterior encerrou com 186 CCs e 90 FGs, segundo o Portal da Transparência. Assim, 39 cargos não serão ocupados ano de governo do prefeito.

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

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2 Comentários

  1. Errata: 1280 reais por 80 horas mensais. Ou seja, 16 reais por hora e não 64. Conclusão e a mesma, não existe tanta diferença.

  2. Transparência é sempre bom consultar. Santa Maria, Médico Clinico Geral, Padrão VII, Classe A, 20 horas, remuneração de 1280 reais. Ou seja, 64 reais por hora.
    Fundação de Saúde de Santa Rosa. Médico Clínico Geral II, horas por mês: 200, remuneração de 3600 reais. Ou seja, 18 reais por hora.
    Fundação tem 4 departamentos, presidência e toda uma estrutura administrativa, procurador, contadores, etc.
    O número de médicos aqui e lá são diferentes também. Obviamente existe espaço para erro nos portais de transparência que nem sempre colocam a informação da forma mais amigável.
    Conclusão: o discurso de alguns não corresponte aos fatos, ao menos pelo que se vê.

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