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KISS, 4 ANOS. 242 mortos, 600 feridos e nenhum culpado, até aqui. Justiça muito longe de ser feita

Daqui a pouco, perto das 2 da manhã, fará exatamente quatro anos da maior tragédia da história do Estado. Na boate Kiss, rua Andradas, perto da avenida Rio Branco, um incêndio. E 242 meninos e meninas (que estão listados, um a um, na imagem acima) mortos. Pelo menos 600 restaram feridos, muitos deles com sequelas – alguns sequer as perceberam, ainda.

E o que aconteceu desde então? Uma lei estadual produzida com esmero, para prevenir acontecimentos do tipo, foi, aos poucos, recebendo emendas e emendas, que a tornaram letra morta. A rigor, salvo medidas cosméticas, o risco de uma tragédia semelhante existe, é real. E a lei federal? Esta mofa nas gavetas do Congresso.

Sobretudo, porém, o que se tem é uma sensação de injustiça, de ninguém ainda punido exemplarmente. Pior, há os que todos identificam com algum tipo de responsabilidade, que sequer responderão por isso, ao mesmo tempo em que há pais processados pelo Ministério Público.

Enfim, há um grito engasgado na garganta de cada pai, mãe, familiares em geral e amigos das vítimas: JUSTIÇA é uma bela palavra. Apenas isso, no que se refere à Kiss.

Abaixo você confere a programação prevista para esta sexta-feira, 27 – e que já teve vários atos ao longo desta semana:

Em desenvolvimento: ato em frente ao prédio da Boate, na Rua Andradas, precedido de caminhada a partir da Praça Saldanha Marinho.

9h – Roda de conversa com profissionais que atuaram ou atuam em atividades ligadas à tragédia, sobre ações e desafios em torno do acontecimento, no auditório da SUCV (Rua Venâncio Aires, 1934, esquina com a Avenida Rio Branco, no Centro)

15h – Apresentações musicais e teatrais: corneteiro da Base Aérea, Coral Orquestrando Ulbra, cantora Giovanna Maira, Companhia Sorriso e Banda da 3ª Divisão do Exército.

17h – Culto ecumênico na Praça Saldanha Marinho, com representantes de diferentes

18h – Toque dos sinos de igrejas da cidade

18h20 – Leitura de uma mensagem do presidente da AVTSM, na Praça Saldanha Marinho

18h40 – 242 balões serão soltos, no momento em que tocarão as sirenes dos dois caminhões de bombeiros que estarão na praça

19h15 – Corneteiro da Brigada Militar faz homenagem na praça

19h20 – Apresentação de um vídeo de homenagem, feito pela TV OVO

19h30 – Colóquio com o professor da Unicamp, tradutor e crítico literário Márcio Seligmann, a professora doutora Rosana Dorio Bohrer, psicóloga e especialista em Emergências e Desastres, Gestão de Crise e Programas de Family Assistance, além de uma sobrevivente da tragédia e um familiar de vítima. A atividade ocorre sob uma tenda na Praça Saldanha Marinho.

 

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