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KISS, 4 ANOS. ‘Memória e Futuro’: Santa Maria se programa para homenagear as vítimas da tragédia

Várias atividades estão programadas para até sexta-feira, no centro da cidade. Uma, o grafite no viaduto Evandro Behr, já começou

Por MAURÍCIO ARAÚJO (texto) e RONI RIET (foto – com selo do arquivo deste site), da Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal 

Nesta sexta-feira (27), completam-se quatro anos da maior tragédia vivida por Santa Maria: o incêndio da Boate Kiss. Em memória às vítimas e para nunca cair no esquecimento, homenagens são preparadas pela Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), com apoio do Acolhe Saúde e Prefeitura Municipal, por meio do Núcleo de Gestão Estratégica de Acolhimento – que ficou encarregado de promover a aproximação entre o Poder Público Municipal e a associação dos familiares.

Vigília, culto ecumênico, apresentações teatrais e musicais, entre outras ações, estão previstas na programação que inicia na noite de quinta (26) e segue por toda a sexta-feira (27). Além destas atividades, está programada uma roda de conversa, no auditório da SUCV, com profissionais que atuaram em atividades ligadas à tragédia.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação do Município, Ewerton Falk, as atividades que serão realizadas buscaram articular a Associação com as entidades da cidade e a Prefeitura de Santa Maria, na intenção de construir uma relação de unidade.

O secretário, que também participa do Núcleo de Acolhimento, lembra que é preciso apoiar as iniciativas e trabalhar junto à Associação. “Essa data nunca vai sair do calendário da cidade. Precisamos honrar a memória das vítimas e, por meio do Núcleo, acolher os familiares e sobreviventes”, argumenta o secretário.

Conforme o psicanalista da Secretaria de Saúde do Município Volnei Dassoler, que por três anos esteve à frente do Acolhe Saúde – que presta atendimento psicossocial aos sobreviventes e familiares das vítimas -, a partir do tema “Memória e Futuro”, a programação foi construída com atividades que preservam a memória das 242 vítimas da tragédia. Elas buscam, ainda, refletir de que formas podemos tirar legados e ensinamentos daquela trágica madrugada do dia 27 de janeiro de 2013.

“Nestes quatro anos, vamos homenagear as vítimas, mas também temos a responsabilidade de discutir e considerar de que forma vamos transmitir a memória desta tragédia. Buscamos realizar espaços e momentos para construir, juntos, a história”, destaca o psicanalista.

HOMENAGENS ÀS VÍTIMAS

Uma das homenagens às vítimas já iniciou no fim de semana. Estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) estão grafitando as paredes do Viaduto Evandro Behr, com artes voltadas à valorização da vida.

Outras ações programadas são o tradicional badalar dos sinos de igrejas da cidade, a soltura de 242 balões e um colóquio, na Praça Saldanha Marinho. “As conversas públicas são estratégicas para olhar de novo para o que aconteceu. Não é voltar ao passado, mas a partir dele, refletir de que forma podemos construir o futuro”, diz Dassoler.

PROGRAMAÇÃO

Quinta-feira, dia 26 de janeiro

21h – Vigília em homenagem às vítimas na tenda da Associação, na Praça Saldanha Marinho. Por volta das 22h haverá caminhada em direção à Boate Kiss, na Rua dos Andradas

Sexta-feira, dia 27 de janeiro

9h – Roda de conversa com profissionais que atuaram na tragédia, no auditório da SUCV, na Rua Venâncio Aires, 1.934.

15h – Apresentações musicais e teatrais. Estão confirmados o Coral Orquestrando, a cantora e compositora Giovanna Maira, a Companhia Sorriso com Arte e a Banda da 3ª Divisão do Exército

17h – Culto Ecumênico, com representantes de diferentes religiões

18h – Toque dos sinos das igrejas

18h20 – Será lida uma mensagem do presidente da AVTSM

18h40 – Soltura dos 242 balões, sendo que dois caminhões dos bombeiros acionarão as sirenes

19h15 – Corneteiro da Brigada Militar prestará uma homenagem às vítimas

19h20 – Em um telão será apresentado um vídeo de homenagem, feito pela TV OVO

19h30 – Colóquio “Memória, trauma e reconstrução”, com o professor da Unicamp, tradutor e crítico literário Márcio Seligmann. Ele estará acompanhado pela professora doutora Rosana Dorio Bohrer, psicóloga e especialista, além de uma sobrevivente da tragédia e um familiar de vítima

(A partir das 15h de sexta-feira, as atividades ocorrerão na Praça Saldanha Marinho)

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