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UFSM. Ano começa com aperto no orçamento

POR MAIQUEL ROSAURO

O ano de 2017 começou difícil para as universidades federais brasileiras. O governo liberou somente 16% do orçamento para ministérios no primeiro trimestre. Confira na matéria de Fritz Nunes, da assessoria de imprensa da Sedufsm:

Ano começa com novo aperto no orçamento das universidades

Campus da UFSM em Cachoeira do Sul tem sido um dos mais prejudicados com os cortes do orçamento. Foto Sedufsm

E os primeiros meses de 2017 iniciam com novo aperto no que se refere ao orçamento. Isso porque o Ministério do Planejamento (Mpog) determinou que somente 16% do total do orçamento sejam liberados ao longo do primeiro trimestre. Em 2016, o percentual autorizado pelo Mpog, ainda comandado por Dilma Rousseff, foi de 25%. Conforme o pró-reitor de Planejamento da UFSM, Frank Casado, os 16% autorizados não representam uma novidade, pois equivalem ao gasto de 1/18 avos ao mês do orçamento total previsto. Segundo ele, foi dessa mesma forma que aconteceu no início de 2015.

Apesar dos limites muitos justos na liberação de recursos, Casado avalia que é a solução é estabelecer prioridades de gastos e segurar a execução orçamentária. Perguntado em relação a 2016, no que se refere à receita e despesa, ele disse que se conseguiu fechar o ano dentro das expectativas. O pró-reitor acrescentou ainda que, em relação a recursos para investimentos, que vêm sendo contingenciados, travando obras importantes nos diversos campi da UFSM, segue a negociação com o Ministério da Educação. Uma das grandes preocupações é o campus de Cachoeira do Sul, que não recebe aporte específico desde 2014.

No que se refere ao plano de racionalização de gastos, Frank Casado disse que está em fase de conclusão. O site da Sedufsm divulgou ainda em junho de 2015 (ler aqui), que as pró-reitorias, especialmente as de Planejamento e Administração, elaboravam um plano de enxugamento na instituição, que incluía desde a economia com luz e telefone, até redução de terceirizados. O pró-reitor disse que o estudo estará finalizado nos próximos dias.

A assessoria de imprensa da Sedufsm também procurou o pró-reitor de Administração, José Carlos Segalla, para falar sobre a questão orçamentária. Segalla comentou que a determinação de gastar apenas 16% do orçamento no primeiro trimestre, o que significa 1/18 avos mensais, restringe bastante, mas ressaltou que os reitores, através da Andifes, estão pressionando para que o governo passe a liberar os recursos dentro da normalidade. Ele confirmou também que estão preparando cenários em relação a 2017 para apresentar como alternativas possíveis para economizar e racionalizar gastos.

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2 Comentários

  1. Estamos numa brutal crise de recursos públicos e querem que venha a mesma soma de recursos que vinha há anos? De onde saiu essa lógica?

    Ao menos a notícia fala que estão se mexendo para cortar despesas.

  2. Resquícios da falta de noção de Dilma. Chegou a cogitar a importação de engenheiros (campus de Cachoeira é basicamente engenharias). Em 2013 a humilde e capaz declarou: “somos um país que formava mais advogados que engenheiros. Advogado é custo, engenheiro é produtividade.” Dizia que o Brasil precisava de engenheiros porque eles “resolviam problemas” e a relação entre o número destes profissionais e a população era muito baixo, um empecilho ao desenvolvimento. Não é inverdade, mas não se resolve com canetaços.
    Bom, 16% por cento por trimestre corresponde a 5,3% ao mês. 1/18 avos corresponde a 5,5% ao mês. Universidade não tem direito a duodécimos (8,3% ao mes) até porque a despesa não é uniformemente distribuída no ano, meses de férias devem ter custo menor, as receitas do governo devem ser menores.
    Pegando o 5,3% e o 8,3%, se fosse escolher um número para alardear, diria que o contingenciamento é 36% no primeiro trimestre. “Não é mol tirar a pel do pesco verde murcho de galfo”.

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